quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Skil abandona parceria.



Kittel seguirá na equipe em 2012
Por Fernando Bittencourt

A Skil abandonou a equipe Pro Continental Skil-Shimano, do diretor geral Iwan Spekenbrink. Porém, o holandês divulgou que já possui um novo patrocinador e que o anunciará no início da próxima temporada. A notícia causou alarde, uma vez que a repentina divulgação não teve seus motivos caídos na mídia esportiva, não causando nenhuma desconfiança sobre o caso.

O time, que havia mantido Marcel Kittel em seu plantel e estava em fase de contratações, como a de John Degenkolb, buscará alcançar o ranking World Tour em 2013 com o novo investidor, que já fechou um acordo de três anos com a equipe.

Spekenbrink agradeceu oficialmente à Skil nesta quarta-feira (28) em um comunicado: “Agradecemos à Skil pelo prazer proporcionado ao se juntar a nós neste projeto de sucesso realizado durante os últimos anos. A estrutura da Skil-Shimano cresceu muito e firmou uma base sólida com excelentes valores e uma filosofia invejável, que proporcionará um futuro próspero”.

O nome Skil, por sua vez, será substituído do uniforme pelo nome “Project 1t4i” no restante da temporada, que representa os cinco pilares tidos como suporte do trabalho a ser realizado pela esquadra: espírito de equipe, inspiração, melhoria, integridade e inovação (em inglês, Team spirit, Inspiration, Integrity, Improvement, Innovation). Tais itens formam um pequeno resumo da missão, visão, valores e método representados pela equipe, que também são compartilhados pelos seus sócios, segundo Spekenbrink.

A nova equipe terá sua sede modificada da Holanda para o sul da França, no entanto, nada foi dito sobre o time feminino, o Skil-Koga.

Guardini se sentiu injustiçado



Andrea Guardini critica Federação Italiana
Por Fernando Bittencourt

Andrea Guardini (Farnese Vini-Neri Sottoli) ficou frustrado por não ter sido selecionado para o Campeonato Mundial, encerrado no último domingo (25). O ciclista, que colecionou onze títulos profissionalmente nesta temporada, era considerado favorito para disputar a categoria sub-23 da competição por integrar um time que não possui licença WorldTour.

A Federação Italiana, no entanto, optou por não levar o sprinter ou qualquer outro atleta Pro-Continental até Copenhague, enquanto em outros países fizeram o contrário e escalaram o que tinham de melhor, como, por exemplo, a França, que levou Arnaud Démare, ciclista da FDJ e campeão da prova.

“Não acho que a política utilizada pela federação seja correta, pois vai contra ao que todo o resto do mundo faz. Creio que muitas coisas têm a necessidade de serem revisadas. O cenário italiano não evoluiu como em outros países, onde há um conceito diferente”, comentou Guardini, desapontado com sua federação.

O italiano teve um excelente primeiro ano como profissional, ao vencer cinco etapas da Volta de Langkawi, além de vitórias na Volta do Qatar, Volta da Turquia e Giro di Padania. “Meu primeiro ano tem sido fantástico, pois foi inesperado o jeito como tudo aconteceu. Tudo fluiu perfeitamente e eu não poderia imaginar algo melhor. A partir do próximo ano, pensarei sobre o resto”, comemorou o integrante da Farnese Vini.

Guardini, que terá Filippo Pozzato como companheiro de equipe em 2012 e encerrará sua temporada na quinta-feira (29) durante a disputa do Circuit Franco-Belge, comentou sobre a última prova e sobre Pozzato.

“Estou convicto de que poderei fazer uma excelente corrida, pois possui quatro etapas propícias aos sprinters. Quanto ao Filippo, muitos estão criticando ele, mas creio que tenha feito a escolha certa. Temos uma excelente equipe e Pozzato irá reencontrar o caminho da vitória aqui, assim como Oscar Gatto, que estava em crise e venceu uma etapa do Giro d’Italia”, finalizou o jovem ciclista.

Briga de Egos



Bradley Wiggins afirma ser possível vencer o Tour
Por Fernando Bittencourt

Bradley Wiggins disse nesta quarta-feira (28) que se vê em condições de vencer o Tour de France 2012. O capitão da Sky declarou acreditar que esta será a grande chance de sua vida de conquistar o Maillot Jaune. Mostrando ambição, o ciclista disse também que pode vencer também os Jogos Olímpicos de Londres, que será disputado logo em seguida a competição francesa.

“Não poderei deixar outro ano passar e eu acredito que poderei vencer o Tour e os Jogos Olímpicos em 2012”, disse o ciclista, que abandonou a grande volta francesa deste ano após uma queda que ocasionou na fratura de sua clavícula. “Eu estou ficando cada vez melhor e não penso em parar. Quero continuar progredindo e vencendo sempre mais e tenho certeza que estou próximo do meu auge como atleta. Em dois anos, creio que poderei ter conquistado tudo o que desejo e seguir minha vida. Se eu vencer o Tour de 2012, provavelmente não tentarei vencer pela segunda vez, em 2013”, discursou o confiante britânico.

O atual vice-campeão mundial de contrarrelógio na semana passada, disse que leva um tempo para se atingir certa maturidade para disputar grandes voltas, o que requer muito trabalho.

“O Tour tem me aberto a visão para o que o corpo humano é capaz de fazer e como nós podemos ser bons no que fazemos. Não é questão de idade, mas eu nunca imaginaria durante o ano passado que este ano seria tão bom quanto está sendo, por exemplo. Não é questão de priorizar uma prova ou outra. Quero tudo em minha vida, mas não sacrificaria uma prova para competir duas”, declarou Wiggins.

As declarações ambiciosas de Wiggins soaram de forma estranha, uma vez que na última sexta-feira da semana passada (23), o atleta questionou a capacidade de Mark Cavendish de disputar o Tour de France e as Olimpíadas em 2012. Com a possível chegada do campeão mundial à Sky, uma briga de egos pode ter sido iniciada.

“As Olimpíadas começarão cinco dias após o Tour e alguém pagará o preço por isso. Alguém como Cavendish iria querer vencer um estágio em Paris e depois vencer a prova olímpica de estrada, mas provavelmente isso não ocorrerá. Algo tem que ser sacrificado e creio que será o Maillot Vert, metade do Tour ou, quem sabe, a participação no Tour para que o foco nos Jogos Olímpicos seja maior. Não sei se estarei nos planos da Sky e isto dependerá da vontade de Cavendish em disputar a prova, mas acho que posso vencê-la”, disse Wiggins, à época.

Wada veta limite de consumo de clembuterol



Contador será julgado em novembro
Por Fernando Bittencourt

A esperança de Alberto Contador de que a Agência Mundial Antidoping (Wada) impusesse um limite para o consumo de clembuterol acabou nesta terça-feira (27), quando a entidade proibiu oficialmente o consumo da substância em qualquer quantidade.

A agência publicou sua lista de substâncias proibidas para 2012, na qual o clembuterol está presente na seção de agentes anabolisantes. De acordo com um comunicado divulgado pela Wada, nenhuma mudança está prevista a curto prazo. "Atualmente, tendo como base opiniões de especialistas, não há um plano para introduzir um limite de consumo para o clenbuterol", informou a agência.
O espanhol, que testou positivo durante o Tour de France 2010, alegou ter ingerido carne contaminada e, por isso, os traços de clembuterol apareceram em seu exame. Com esta alegação, ele conseguiu escapar da suspensão preventiva, mas, no entanto, será julgado pelo Tribunal Arbitral Esportivo (TAS) entre os dias 21 e 24 de novembro. Caso seja culpado, perderá o título da grande volta francesa e também do Giro d’Italia, conquistado neste ano.

O interminável caso, bastante controverso em alguns aspectos, foi comentado pelo professor David Cowan, maior responsável pelo sistema antidoping a ser adotado para os Jogos Olímpicos do ano que vem. Em sua opinião, a solução imposta pela Wada deve ser repensada. “Pessoalmente, acho que um limite daria mais uniformidade aos testes, assim como ocorre em diversos exames, com a intenção de proporcionar essa clareza e não gerar uma decisão precipitada ao detectar apenas uma molécula de determinada substância, no entanto, pragmaticamente, há a necessidade de tomar certo cuidado com a imposição deste limite”, disse Cowan.

Polêmica Camisa



Cavendish em sua 1ª aparição com a nova camisa
Por Daniel Balsa

O fotógrafo Tim Da Waele divulgou a primeira foto de Mark Cavendish vestindo seu novo uniforme: a camisa arco-íris, honraria conquistada após ele ter vencido a prova de estrada do Campeonato Mundial de Ciclismo, realizado no último domingo (25), em Copenhague, na Dinamarca.

A imagem levantou a ira de Gerard Vroomen, um dos fundadores e presidentes da Cérvelo. O executivo viu uma série de irregularidades na imagem e as listou em seu blog. Veja abaixo a lista de erros que Vroomen encontrou.

- Os anúncios na parte da frente e de trás da camisa precisam estar em uma área de 10cm (com exceção do fabricante do material esportivo, a MOA, neste caso). Obviamente o S da Specialized não está nessa área permitida.

- O logo da Lezyne não é permitido. Talvez eles possam colocar a camisa para dentro do short e isso resolveria esse problema (o que talvez não fosse muito “pró”).

- Os logos na lateral da camisa não são permitidos.

- No peito pode ter o logo da UCI, não do World Tour.

-O logo da UCI deve ser do lado direto do peito, não do esquerdo.

- Os logos nas listras arco-íris da gola devem ser da UCI, não de patrocinadores.

- As listras arco-íris nas mangas precisam ser, pelo menos, 35 milímetros a partir da borda da manga. Eu nunca entendi essa regra, nos velhos tempos as listras do arco-íris eram a borda da camisa e que isso deixou o visual mais agradável, mas eu discordo.


Após listar todos esses problemas na camisa de Mark Cavendish, Vroomen – entendido do assunto já que Thor Hushovd, ciclista da Garmin-Cérvelo, utilizou o ano inteiro a camisa arco-íris e o logo da sua empresa teve de adaptar a essas regras – ainda questionou se a União Ciclística Internacional iria aceitar essa camisa, pois ela fere as normas da entidade máxima do ciclismo. O executivo ainda terminou seu post dizendo que se mudanças não forem feitas, a multa mínima por evento é de 10 mil francos suíços – cerca de R$ 20 mil.

Mas os indícios são de que essa camiseta é apenas uma peça promocional e que não será utilizada em provas. O próprio Mark Cavendish deu mostras disso ao publicar em seu twitter que a vestimenta ainda não tinha sido entregue para ele, aumentando ainda mais os boatos de que a “polêmica camisa” não deverá ser utilizada em competições.

O Lamento de Freire



Óscar Freire, frustrado com o resultado no Mundial
Por Fernando Bittencourt

Óscar Freire fez uma autocrítica nesta terça-feira (27) e admitiu ter cometido um grave erro de posicionamento durante o último quilômetro da prova de estrada do Campeonato Mundial, que lhe custou a chance de se tornar o primeiro ciclista da história a vencer quatro títulos mundiais.

O sprinter espanhol disse que se encontrava muito a frente do pelotão cerca de 900 metros da meta e que tinha chances de vencer a prova. “Eu estava bem, mas cometi um erro que me custou muito caro. Eu estava com uma boa vantagem até a última curva, na roda de Matt Hayman, mas ele cedeu faltando 350 metros para o fim da prova. Para mim, era muito cedo para me lançar em um sprint, ao passo que também estava perto demais para amenizar o ritmo para dar uma oportunidade aos outros ciclistas”, disse Freire.

O espanhol alegou que esperou para se lançar ao sprint, com medo de atacar muito cedo. “Gilbert atacou antes do que deveria e acabou perdendo velocidade. Fiquei com medo de que isto acontecesse comigo e quando o pelotão veio para me alcançar, estava muito rápido e acabou me deixando para trás. Como ainda me restavam forças, eu consegui recuperar parte da desvantagem, mas era muito tarde e não havia muito mais a se fazer”, lamentou o ciclista. “É diferente de quando você sabe que não consegue fazer mais nada. Eu sei que poderia ter vencido, mas errei. A meta nesse ano era esta (vencer o Mundial)”, completou.

Além do integrante da Rabobank, outros três ciclistas já venceram o Mundial em três oportunidades: Alfredo Binda (1927, 30 e 32), Rik Van Steenberger (1949, 56 e 57) e a lenda do ciclismo Eddy Merckx (1967, 71 e 74). Freire, por sua vez, venceu em 1999, 2001 e 2004 e afirmou que neste ano o percurso estava mais fácil.

“Este foi um dos mundiais mais fáceis que eu já vi, mesmo porque tivemos uma ajuda do vento, que soprou a nosso favor. No ano passado, fizemos uma prova muito mais difícil. Eu não estava em minha forma física ideal e acabei na sexta colocação, mas sabia que era o meu máximo. Neste ano, no entanto, eu não consegui dar o meu máximo por conta do erro cometido no último quilômetro e isto me deixa louco”, reforçou o espanhol.

Freire afirmou que seguirá competindo profissionalmente durante a próxima temporada, embora não tenha dado certeza se continuará na Rabobank ou se irá para outra equipe. O atleta tem sido cotado para integrar a Geox-TMC, equipe do diretor esportivo Joxean Matxin, com quem possui fortes laços de amizade.

O ciclista, que passou por diversas lesões durante os últimos anos, tem recuperado a forma física nas últimas semanas, o que faz o veterano ciclista considerar suas hipóteses para os Jogos Olímpicos e o Mundial de 2012.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Reciclagem na seleção italiana



Apesar das críticas, Bettini segue como técnico
Por Fernando Bittencourt

O presidente da Federação Italiana de Ciclismo, Renato di Rocco, confirmou nesta terça-feira que confia no trabalho de Paolo Bettini e assegurou o ex-ciclista bicampeão italiano no cargo. A decisão do dirigente, no entanto, visa dar prosseguimento a uma reformulação já iniciada no ciclismo local, que almeja recolocar a Itália entre a elite ciclística mundial e recuperar o orgulho e a superioridade antes vista com ciclistas como o próprio Bettini, campeão olímpico de estrada em 2004 e mundial em 2006 e 2007.

A performance realizada pela seleção italiana na prova masculina de estrada no Campeonato Mundial, realizado no último domingo (25), abaixo da expectativa do público italiano, desapontou os fãs do time presentes em Copenhague, na Dinamarca, o que gerou polêmica entre torcedores e até ídolos do país.

Bettini, que construiu a equipe ao redor do líder, o sprinter Daniele Bennati - que acabou concluindo a prova na 14ª colocação -, foi criticado pelos ex-ciclistas Giuseppe Saronni e Mario Cipollini por conta da escalação e da tática para a prova. A Azzurra não realizava uma campanha tão ruim em um Mundial desde 1983, quando o próprio Saronni concluiu a prova na 19ª posição em Altenrheim, na Suíça.

A Itália concluiu a competição com a medalha de ouro de Giorgia Bronzini na prova de estrada feminina – muito pouco para um país com esta tradição no ciclismo. No entanto, Di Rocco prometeu que, em breve, a Itália recuperará a desvantagem técnica visível perante as demais nações superiores no último campeonato.

“Acreditamos plenamente em Bettini, assim como em todos os técnicos italianos e esperamos que ter sucesso sempre, assim como o time feminino, que demonstrou uma conduta, disciplina e uma forma de trabalhar que provou ser campeã”, disse o dirigente italiano em um comunicado oficial da Federação Italiana de Ciclismo.

Di Rocco tem planejado uma reformulação em sua seleção durante os últimos meses se espelhando na Grã-Bretanha e na Austrália, tentando agregar valores entre ciclistas de pista e estrada, uma vez que a Itália, embora tenha muita tradição em provas de estrada, provavelmente contará com apenas um atleta de pista para os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres.

Além disso, Bettini tem lutado contra a regra interna que proíbe atletas flagrados no exame antidoping – suspensos por mais de 6 meses – de disputarem competições por seu país. A ausência de Alessandro Petacchi no Mundial, por exemplo, obrigou o técnico a convocar atletas menos experientes e mais jovens do que o ideal.

“Sabemos que as decisões tomadas pelo Conselho Federal exigem uma mudança na mentalidade e isto demora a acontecer. Ninguém apostou que tudo aconteceria imediatamente e os resultados obtidos no Campeonato Mundial indicam que estamos em uma fase de transição. Apesar dos erros cometidos e de nossas limitações, a prova de estrada masculina nos mostrou que passaremos por uma mudança cultural, que nos ajudará a integrar diferentes disciplinas, como outros países atualmente mais avançados têm feito”, finalizou Bettini.

Acidente no Mundial encerra temporada de Frank Schleck



Acidente no Mundial encerra temporada de Schleck
Por Fernando Bittencourt

O luxemburguês Frank Schleck colocou um ponto final em sua temporada de 2011, após ter sofrido uma queda por consequência de um acidente ocorrido durante a prova de estrada do Campeonato Mundial, realizado no último domingo (25) em Copenhague, na Dinamarca.

O ciclista da Leopard-Trek, medalhista de bronze no último Tour de France e atual tetracampeão luxemburguês de estrada, abandonou o Mundial logo após sofrer a queda, que ocorreu aproximadamente no meio da corrida.

“O acidente ocorreu à frente do pelotão. Primeiramente, achei que seria possível evitar o asfalto, mas os ciclistas que estavam atrás de mim começaram a deslizar em minha direção e isto culminou na minha queda. Imediatamente eu comecei a sentir fortes dores em minha mão direita e vi que seria obrigado a abandonar a prova”, disse Frank.

A primeira radiografia tirada do ciclista mostrou que não havia nenhuma fratura em sua mão direita, que estava bastante machucada. Após isso, no entanto, uma ressonância magnética foi tirada, desta vez do joelho esquerdo do atleta - que estava bastante inchado. Uma lesão foi detectada, assim como uma grande quantidade de fluido (famosa água no joelho) entre os ligamentos, de acordo com seu time.

O médico da equipe recomendou repouso ao atleta de pelo menos dez dias e disse que não há previsão de retorno muito breve ao ciclista. Com a notícia, o luxemburguês se conformou em se ausentar nas próximas provas, que serão realizadas na Itália neste final de ano e antecipou as suas férias para se recuperar e treinar bastante para a temporada de 2012.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Deu a lógica...



Cavendish vence o Campeonato Mundial
Por Fernando Bittencourt

Mark Cavendish quebrou o tabu para a Grã-Bretanha e, após 46 anos, venceu pela primeira vez o Campeonato Mundial da União Ciclística Internacional (UCI), em uma bela demonstração de trabalho em equipe. Os britânicos impuseram um ritmo forte desde o início da disputa, controlando a prova para uma chegada em sprint em Copenhague, na Dinamarca.

Após 266 km de intenso trabalho britânico, restou a Cavendish realizar o último ato da estratégia do “time da Rainha” ao cruzar a linha de chegada em primeiro após o sprint massivo, desbancando o australiano Matthew Goss pela diferença de uma roda apenas e o alemão Andre Greipel, que ficou com o bronze após análise no photo finish, já que chegou praticamente junto do suíço Fabian Cancellara.

Emocionado, o campeão rapidamente agradeceu e enalteceu o trabalho de seus companheiros de equipe. “Nós tínhamos oito dos melhores ciclistas do mundo e esta foi a primeira vez que chegamos juntos. Eles foram incríveis e tomaram o controle da prova do início até o final, fazendo com que ganhássemos. Não posso acreditar”, comemorou o novo vencedor.

“Desde 2008, quando foi anunciado que este seria o percurso da prova, que poderia ser bom para nós. Fizemos um planejamento juntos para virmos com o melhor grupo possível e sairmos daqui com a camisa arco-íris. Três anos se passaram e nosso time trabalhou bastante para conseguir os pontos para chegar aqui com oito ciclistas. Felizmente tudo saiu como o planejado e o time se saiu muito bem. Estou muito orgulhoso”, concluiu o campeão Mundial.

Classificação:

1 Mark Cavendish (Grã-Bretanha) 5h40min27s
2 Matthew Harley Goss (Austrália) m.t.
3 André Greipel (Alemanha) m.t.
4 Fabian Cancellara (Suíça) m.t.
5 Jurgen Roelandts (Bélgica) m.t.
6 Romain Feillu (França) m.t.
7 Borut Bozic (Eslovênia) m.t.
8 Edvald Boasson Hagen (Noruega) m.t.
9 Oscar Freire Gomez (Espanha) m.t.
10 Tyler Farrar (EUA) m.t.

sábado, 24 de setembro de 2011

Análise do Prólogo sobre as seleções favoritas ao mundial



Hushovd comemora o título em 2010
Por Tadeu Matsunaga e Daniel Balsa

Neste domingo, em Copenhague, o último dia do Campeonato Mundial de Ciclismo promete ser de muita emoção, com a elite masculino na disputa pela cobiçada camisa arco-íris.

Os melhores do mundo estarão alinhados na Dinamarca e irão percorrer 266 km até a meta. Muitos são os nomes que podem ser incluídos no hall de favoritos: Cavendish, Gilbert, Sagan e Hushovd (atual campeão mundial) são algum deles.

O Prólogo analisou doze seleções - entre elas o Brasil - destacando os pontos fortes e fracos de cada uma. Faça como nós. Análise, pense, reflita e escolha seu favorito.

Brasil
Depois da gafe do último ano, quando o Brasil teve apenas um representante no masculino, Murilo Fischer, e uma representante no feminino, Márcia Fernandes, sem comissão técnica e apoios necessários para a disputa do Mundial, a delegação chega reformulada à Dinamarca, mas sem seu principal ciclista: Fischer.

Escalação
Rafael Andriato
Gregory Panizo
Otávio Bulgarelli

Ponto forte
Motivação

Com um elenco renovado e três estreantes na competição – Panizo, Andriato e Bulgarelli – a certeza é que vontade não faltará à equipe brasileira. Sem pretensões de figurar entre os ponteiros, o objetivo é figurar em uma fuga. O principal nome do time é Andriato, no entanto, o percurso de 266 km deve ser desgastante para o time.

Ponto fraco
Ausência de Fischer

Quinto colocado no Mundial de 2005, Murilo Fischer (principal nome do ciclismo nacional na atualidade) teria chances de lutar por mais uma boa colocação na prova, tendo como gregários Andriato e Panizo. A lesão do brasileiro na Vuelta a España só permitirá seu retorno no Pan de Guadalajara.



Grã-Bretanha
Detém o favoritismo em uma equipe recheada de sprinters, além de ter o melhor velocista do mundo: Mark Cavendish. O percurso se encaixa perfeitamente em suas características e pode quebrar um jejum de 46 anos sem uma camisa arco-íris.

Escalação
Mark Cavendish
Bradley Wiggins
Stephen Cummings
Chris Froome
Jeremy Hunt
David Millar
Ian Stannard
Geraint Thomas

Ponto forte
Time de velocistas

Com a base do time partindo da Sky e aliado ao talento de Mark Cavendish, a equipe britânica têm uma grande chance de se tornar campeão mundial. Conquistou a vitória no teste olímpico, chega motivado e, sem dúvida, é o principal candidato ao título. Se o circuito torna-se muito duro para ele, Wiggins, Froome e Millar podem se tornar protagonistas.

Ponto fraco
Os outros

Como em todo e qualquer esporte, a tônica é de que a principal ameaça seja anulada. Cavendish será marcado e terá sprinters talentosos em seu alcanço. Ele parece lidar bem com a pressão, mas o Mundial pode trazer um peso maior ao britânico.



Noruega
Vive um dos melhores momentos no ciclismo em sua história. Tem o atual campeão mundial, Thor Hushovd, e venceu quatro etapas no Tour de France – duas com Thor e duas com Edvald Boasson Hagen. Os noruegueses chegam a Copenhague cheios de moral e devem figurar na briga pela camisa arco-íris.

Escalação
Thor Hushovd
Edvald Boasson Hagen
Kurt Asle Arvesen
Gabriel Rasch

Ponto forte
Dois líderes

Apesar de Thor Hushovd ser o atual campeão mundial, a Noruega também tem Edvald Boasson Hagen. Os dois vivem bons momentos e venceram duas etapas cada no Tour de France.

Ponto fraco
Má fase dos gregários

Kurt Asle Arvesen e Gabriel Rasch, escalados para ajudarem Thor e Hagen, não vivem uma boa temporada e podem sucumbir quando forem exigidos, desamparando seus líderes.



Alemanha
Um dos conjuntos mais fortes do Campeonato Mundial e com inúmeras opções para lutar pela vitória. Greipel e Kittel podem incomodar em uma provável chegada no sprint, enquanto Tony Martin é um nome para fugas e ataques que antecedem a meta. Mescla jovens valores e experiência

Escalação
Andre Greipel
Marcel Kittel
Bert Grabsch
Danilo Hondo
John Degenkolb
Andreas Klier
Chris Knees
Tony Martin
Marcel Sieberg

Ponto forte
Versatilidade

O time alemão tem condições de jogar com várias possibilidades para conquistar a camisa arco-íris. Seja no sprint, fuga ou contra-ataques, a certeza é que os germânicos prometem incomodar e gregários não faltam para os planos do time. O campeonato de contrarrelógio já foi assegurado.

Ponto fraco
Ego 

Levando em consideração o perfil altimétrico, a tendência é que o título seja definido no sprint, onde sobram opções para a Alemanha (Kittel, Greipel e Degenkolb, mas a harmonia entre os líderes pode ser uma fator decisivo para o sucesso da equipe



Itália
Pela primeira vez em muitos anos, os italianos entram na estrada sem o rótulo de favoritos. Depois do tricampeonato entre 2006 e 2008 (dois títulos com Paolo Bettini e um com Alessandro Ballan), eles foram muito marcados em 2009 e viram Filippo Pozzato fraquejar no sprint final da prova do ano passado e agora terão de se contentar com o irregular Daniele Bennati como líder da Azzurra. Ao lado do ciclista da Leopard-Trek, uma série de competidores jovens que estão em busca de mostrar o seu valor.

Escalação
Daniele Bennati
Francesco Gavazzi
Sacha Modolo
Daniel Oss
Luca Paolini
Manuel Quinziato
Matteo Tozatto
Giovanni Visconti
Elia Viviani

Ponto forte
Paolo Bettini, diretor-técnico

Foi um dos maiores ciclistas de Clássicas da história e, certamente, usará seu conhecimento em provas de um dia para que a Itália não seja coadjuvante na prova.

Ponto fraco
Nem tão líder assim...

A temporada de Daniele Bennati está aquém do cargo que irá exercer nesse Mundial – o de líder da Azzurra. Ex-ciclistas lendários, como Mario Cipollini e Francesco Moser, “cornetaram” o sprinter e sugeriram que a Itália não deveria tê-lo como principal arma na prova.



Bélgica
O Mundial é uma prova de um dia, certo? Então, os torcedores belgas devem estar animados. Afinal, seus ciclistas dominaram as Clássicas desse ano. Além de Philippe Gilbert e suas incontáveis vitórias, Johan Vansummeren venceu a Paris-Roubaix e Nick Nuyens o Tour de Flanders.

Escalação
Kevin de Weert
Philippe Gilbert
Olivier Kaisen
Björn Leukemans
Klaas Lodewyck
Nick Nuyens
Jurgen Roelandts
Greg van Avermaet
Johan Vansummeren

Ponto forte
Muitas opções de vitória

A Bélgica não é só “Big Phil”. Está repleta de cartas para jogar no Mundial, como Nick Nuyens, Johan Vansummeren, Greg van Avermaet, entre outros. Provavelmente, eles irão com uma estratégia ofensiva para que a previsão de chegada em sprint não se confirme.

Ponto fraco
Falta sprinter

Muito se fala sobre a possibilidade de uma chegada em sprint massivo. Nessas condições, a Bélgica tem chances reduzidas de vitória, pois não tem um sprinter para bater guidão com Mark Cavendish, Andre Greipel, Thor Hushovd e outros. Neste cenário, o time pode sentir falta de Tom Boonen.



Eslováquia
O time eslovaco vai a Copenhague com apenas três ciclistas, mas não se pode descartar o jovem Peter Sagan, que aos 21 anos não é mais uma promessa. O competidor da Liquigas-Cannondale vem do título da Volta da Polônia, três etapas da Vuelta a España e da vitória no GP di Prato e ainda terá o auxílio de dois bons ciclistas: os irmãos Martin e Peter Velits.

Escalação
Peter Sagan
Peter Velits
Martin Velits

Ponto forte
A força de Sagan

Com 15 vitórias no ano, o eslovaco é o segundo maior vencedor da temporada – só perde para Philippe Gilbert. A camisa arco-íris seria prova de que o jovem de 21 anos já é uma realidade no ciclismo.

Ponto fraco
Apenas três

Sagan e os irmãos Velits são ciclistas muito respeitados no pelotão, mas com apenas três ciclistas, a estratégia das outras equipes – com até nove competidores – pode reduzir as chances da Eslováquia.



Espanha
Uma equipe experiente e com quatro dos nove ciclistas da Rabobank (Freire, Barredo, Garate e Leon Sanchez). Tricampeão mundial, Oscar Freire é a única opção para o sprint. Nomes como Joaquim Rodriguez e Samuel Sanchez ficaram de fora.

Escalação
Oscar Freire
Joaquin Rojas
Luis Leon Sanchez
Vincent Reynes
Pablo Lastras
Carlos Barredo
Juan Antonio Flecha
Imanol Erviti
Juan Manuel Garate

Ponto forte
Equilíbrio

Com três títulos em Mundiais, Freire é a chave para o sucesso da dos espanhóis. Aos 36 anos, ele tem motivação de sobra para lutar por sua quarta camisa arco-íris, já que pode ser seu último ano como profissional. Serão oito gregários para o veterano lutar pelo tetracampeonato.

Ponto fraco
Nível dos sprinters

Nomes de peso não faltam, mas, em contrapartida, os dois principais sprinters do time (Freire e Rojas) podem ser considerados “secundários” se comparados a nomes como Cavendish, Sagan e Greipel.



Austrália
Depois de uma longa jornada, a Austrália conquistou o título, em 2009, com Cadel Evans, que não estará presente na Dinamarca. O elenco deste ano é poderoso, mas também apresenta uma certa controvérsia com a ausência de Mark Renshaw.

Escalação
Simon Clarke
Matt Goss
Baden Cooke
Simon Gerrans
Heinrich Haussler
Matt Hayman
Stuart O´Grady
Chris Sutton
Michael Rogers

Ponto forte
Espírito de equipe

Goss é o líder da equipe, que reconhecidamente tem força na luta pela camisa arco-íris. A dupla da Sky, com Hayman e Rogers, será um dos alicerces para um trabalho a favor de Goss, que conquistou o título da Milão-São Remo neste temporada.

Ponto fraco
Falta o sprinter nato

Mesmo com a força de Matt Goss, os australianos não tem um velocista puro no time. Talvez essa ausência fosse menos sentida com a presença de Renshaw, que foi boicotado por não ter fechado com a GreenEdge. Os australianos podem dar um tiro no próprio pé.



Holanda 
O time holandês faz uma aposta arriscada e opta por passistas e escaladores, deixando de fora Theo Bos, que teoricamente seria a melhor aposta para os sprints. Com isso, Lars Boom deverá ser o líder da equipe.

Escalação 
Lars Boom
Johnny Hoogerland
Steven Kruijswijk
Wout Poel
Bauke Mollema
Pim Ligthart
Niki Terpstra
Marteen Tjaliingii
Pieter Weening

Ponto Forte
Base da Rabobank

A maioria dos ciclistas integra o plantel da equipe ProTour. O entrosamento e os ciclistas de apoio são fatores positivos. Boom, que sagrou-se campeão na Volta da Grã-Bretanha, chega motivado. Devem apostar nos ataques e fugas.

Ponto fraco
Sem velocistas 

Sem Theo Bos, a equipe comandada por Leon van Vliet, não terá chances de título em uma chegada no sprin. O técnico deixou claro que, para ele, Bos precisa amadurecer e mostrar um pouco mais para ser o líder do país em um Campeonato Mundial



Suíça
Fabian Cancellara é a esperança da Suíça, mas tem enfrentando uma temporada irregular neste ano. Não venceu nenhuma etapa em grandes voltas e perdeu a hegemonia no contrarrelógio para Tony Martin. Apesar disso tudo, não pode ser descartado. Eleito o melhor ciclista de 2010, ele não desaprendeu a pedalar. Ele ainda contará com o auxílio dos combativos Michael Albasini e Martin Kohler nessa missão.

Escalação
Michael Albasini
Fabian Cancellara
Martin Kohler
Grégory Rast

Ponto forte
O currículo Cancellara

Vencedor de sete etapas no Tour, quatro na Vuelta, dono de duas Paris-Roubaix e diversas outras clássicas, além de possuir um ouro e uma prata olímpica. Dá para descartar Fabian Cancellara da briga pela camisa arco-íris?

Ponto fraco
A mente de Cancellara

O suíço anda se questionando muito sobre sua continuidade no ciclismo. Ele não ficou nada satisfeito com a fusão da RadioShack e Leopard-Trek e não esconde esse desânimo.



Estados Unidos
Tyler Farrar é o líder da seleção norte-americana, bastante renovada com relação aos outros anos. Os medalhões, como Levi Leipheimer, Dave Zabrieske e George Hincapie, ficaram de fora e, exceto por Jeffry Louder, nenhum ciclista tem mais de 30 anos.

Escalação
Brent Brookwalter
Matther Busche
Timothy Duggan
Tyler Farrar
Benjamin King
Jeffry Louder
John Murphy
Taylor Phinney
Andrew Talansky

Ponto forte
A potência de Tyler

Se o circuito favorece para uma chegada em sprint massivo, Tyler Farrar deve ser apontado como um dos favoritos. No ano em que venceu pela primeira vez no Tour de France, o sprinter da Garmin-Cérvelo conta com uma numerosa equipe para controlar a corrida.

Ponto fraco
Mas quem embala?

Os Estados Unidos irão levar praticamente oito gregários para trabalharem por Tyler Farrar, mas carece de um embalador para o norte-americano, que pode acabar trancado no final.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Leipheimer diz que ida para Omega Pharma - QuickStep é um processo natural



Leipheimer: "Estou vivendo uma nova fase"
Por Fernando Bittencourt

Levi Leipheimer explicou nesta quinta-feira (22) que a sua transferência da RadioShack para a Omega Pharma-QuickStep, confirmada na última quarta-feira (21), foi necessária e que encara a mudança como parte de uma evolução. O norte-americano disse que sua chegada, assim como a de vários atletas, não atrapalhará a equipe, que planeja entrar forte em 2012.

A equipe belga foi uma das que mais movimentou o ciclomercado neste ano, ao contratar bons ciclistas como Tony Martin, Peter Velits, Martin Velits, Stijn Vandenbergh, Frantisek Rabon, Bert Grabsch e Matthew Brammeier, além de Leipheimer. Ao que tudo indica, o dinamarquês Brian Holm será diretor geral do time.

Todo o processo de contratações foi planejado para sanar a necessidade de conquista de pontos do time para o ranking World Tour, da União Ciclística Internacional (UCI), além de auxiliar os especialistas em provas Clássicas, como Tom Boonen, a conquistarem bons resultados, já que isto não tem ocorrido recentemente.

O diretor geral Patrick Lefevere, que conseguiu contratar este grande número de atletas graças aos investimentos recentes – provenientes da fusão com o novo investidor –, contará com um plantel de 30 ciclistas para 2012 e aposta em Leipheimer para provas por etapas, principalmente, as de uma semana, além de grandes voltas. Embora tenha 37 anos, o ciclista vive boa fase e vai com força para disputar provas desta natureza em 2012, já que neste ano venceu a Volta da Suíça, a Volta de Utah e o US Pro Cycling.

“Historicamente, este é um time excelente em provas Clássicas. Creio que sempre haverá um plantel forte para este tipo de prova, pois é algo que está no DNA da equipe, mas muitos ciclistas estão chegando para fazer uma nova escola, um planejamento visando provas por etapas, que é a minha especialidade. Não estamos chegando para preencher um espaço apenas, mas para construir algo que complemente a equipe. Quando há um grande número de fortes contrarrelogistas – coisa que tenho visto por muitos anos como ciclista da Discovery, Astana e RadioShack –, realmente acaba trazendo à tona o uma boa imagem para a equipe. Um ambiente notável acaba sendo criado, pois todos se espelham em grandes campeões e treinam para alcançarem o bom preparo físico deles, principalmente quando são jovens”, concluiu o norte-americano.

Gilbert não se considera favorito ao Mundial



Gilbert diz não ser favorito ao Mundial
Por Fernando Bittencourt

O campeão belga Philippe Gilbert, imbatível nas Clássicas deste ano e líder do ranking World Tour da União Ciclística Internacional (UCI) poderá coroar sua temporada impecável com o título Mundial no próximo domingo (25). A pequena ascensão antes da meta da prova faz com que muitos especialistas apostem que Gilbert pode ficar com a vitória, mas é o belga quem acaba com essa expectativa.

“Não sinto que tenho a necessidade de colocar mais brilho na minha temporada, vencendo o Campeonato Mundial. Tudo que eu vencer agora é puro bônus. Estou em uma posição luxuriosa, que me proporciona muita liberdade. Começarei a prova sem pressão alguma sobre meus ombros, mesmo porque neste percurso, não sou um dos principais favoritos”, disse.

Durante o Campeonato Mundial de 2010, Gilbert se lançou ao ataque e ao que tudo indicava, tinha tudo para sagrar-se campeão, no entanto, acabou neutralizado pelo pelotão perto do final da prova, o que proporcionou ao norueguês Thor Hushovd conquistar a medalha de ouro. Apesar de liderar a Bélgica, país com imensa tradição no ciclismo, sua meta principal não é levar a bandeira de sua nação para o topo do pódio, mas estar em forma para a Volta da Lombardia, que será disputada no dia 15 de outubro.

“Realizei meu tradicional treino de quarta-feira antes do Mundial, pedalando durante seis horas pelo interior inóspito de Mônaco. Não poderia sonhar com uma paisagem melhor, mas admito que todo este esforço está sendo para disputar a Volta da Lombardia. Estou indo para vencer na Lombardia, pois devo isto a mim mesmo. Entrarei para defender o título”, disse Gilbert, esclarecendo a vontade de vencer a prova pela terceira vez consecutiva.

Bettini admite Itália como coadjuvante na Dinamarca



Bettini faz uma análise geral da prova de domingo
Por Fernando Bittencourt

O técnico italiano Paolo Bettini alertou nesta quinta-feira (22) que as chances de vitória de Mark Cavendish para a prova de estrada do Campeonato Mundial, que será realizada no próximo domingo (25), aumentaram consideravelmente por conta dos bons ciclistas que integrarão a seleção britânica em Copenhague, na Dinamarca.

Bettini, que havia descartado o favoritismo de Cavendish ao analisar o percurso, voltou atrás e mudou de opinião. “Cavendish está chegando ao Mundial com um time realmente bom. Quando me pus a analisar o trajeto da prova há um tempo, afirmei que ele não poderia se sair tão bem, mas isso só seria possível se a Grá-Bretanha competisse com três ciclistas. Agora que eles contam com oito atletas, as coisas mudaram um pouco”, declarou o técnico.

Em 2010, a seleção britânica desembarcou em Geelong, na Austrália, para competir o Mundial com apenas três ciclistas: Mark Cavendish, David Millar e Jeremy Hunt. Porém, graças à boa posição conquistada no ranking World Tour, o time disputará neste ano com oito ciclistas.

Philippe Gilbert, considerado por muitos como principal favorito ao título, não é a principal aposta do italiano, que crê em um possível bicampeonato de Thor Hushovd. “Gilbert é um dos grandes favoritos, mas considerando o percurso, Hushovd poderá oferecer mais perigo ao pelotão. Creio que neste ano a Itália não figura como principal favorita à medalha de ouro, como já ocorreu em algumas ocasiões, pois outros times contam com sprinters muito bons, que já nos derrotaram”.

“Temos muitos ciclistas e quero aproveitá-los da melhor forma possível. Somos um grupo muito unido. A prova será muito rápida e, infelizmente, muito perigosa também, com grande possibilidade de acidentes, já que as barreiras na pista atrapalharão a disputa. Será uma prova tensa”, concluiu o técnico italiano, que contará com Daniele Bennati como líder de sua esquadra.

Tensão na RadioShack - Trek - Nissan



Cancellara, na disputa pelo Campeonato Mundial
Por Fernando Bittencourt

O jornal suíço Neue Zürcher Zeitung divulgou nesta quarta-feira (21) que o ambiente na RadioShack-Nissan-Trek não é dos melhores e que a fusão não foi vista com bons olhos por todos os ciclistas, principalmente por consequência da chegada de Johan Bruyneel como diretor esportivo da RadioShack, que parece não ter agradado a todo o plantel.

A gestão atual, que alertou os ciclistas sobre a fusão apenas a duas semanas antes de concretizar o plano, tampouco está perto de ser unanimidade no novo time, que às vezes se sente enganado por Flavio Becca, investidor do projeto.

Como resultado, Jakob Fuglsang declarou publicamente que não descartava a possibilidade de trocar de equipe. O ciclista - 10º colocado na prova de contrarrelógio do Campeonato Mundial - pode ter a decisão compartilhada pelo suíço Fabian Cancellara, terceiro colocado na mesma prova.

“No momento, não me importa se seguirei ou não na equipe. Somente posso dizer que o esporte evolui muito rapidamente e que há muitas incertezas sobre meu futuro. Porém, aqui em Copenhague (palco do Mundial de Ciclismo), esta não é minha prioridade”, comentou o suíço.

O ciclista tem contrato com sua equipe com validade até o final de 2012, no entanto, ao que tudo indica, este pode não ser um empecilho tão grande caso haja a vontade real do atleta de mudar de time. A próxima disputa de Cancellara será no dia 25 de setembro, que será realizada a prova de estrada. A partir daí, o suíço terá tempo para se resolver.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

CBC anuncia a seleção do Mundial



Luciene Ferreira ficou fora do Pan-Americano
Por Tadeu Matsunaga

Com poucos dias para o início do Campeonato Mundial de Ciclismo, na Dinamarca, a CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) anunciou na tarde desta sexta-feira a lista de atletas que estarão representado o Brasil na competição, que acontece entre os dia 19 e 25 de setembro em Copenhague.

A principal surpresa é a presença da ciclista Luciene Ferreira (Funvic/ Marcondes Cesar/Pindamonhangaba). Atual campeã brasileira de contrarrelógio e líder do ranking feminino, Luciene não figurou entre as atletas selecionadas para os Jogos Pan-Americanos de Guadalaraja, o que gerou polêmica ocasionando até mesmo uma ação política do deputado Edson Giroto, do Mato Grosso do Sul. Na ocasião, o parlamentar encaminhou ofício ao Ministro do Esporte, Orlando Silva, no qual informa e questiona os critérios adotados pela CBC.

Outra confirmação foi a ausência de Murilo Fischer (Garmin-Cervélo). O catarinense, com uma fratura na mão na Vuelta a España, no entanto, deverá defender o Brasil nos Jogos Pan-Americanos. Seu substituto no Mundial será Otávio Bulgarelli (Farnese-Vini), de 26 anos, que defendeu a Seleção no Pan do Rio.

Gregory Panizo (Clube DataRo de Ciclismo), Rafael Andriato (Petroli Firenze) também foram confirmados na Elite, enquanto Gideoni Monteiro (Team Brilla) e Carlos Manarelli (Generali Ballan) serão os representantes no sub 23.

No feminino, além de Luciene, a ciclista Flávia Oliveira (Vaiano Solaristech), brasileira melhor colocada no ranking internacional, e Márcia Fernandes (São José dos Campos) serão as representantes brasileiras no continente europeu.

"Montamos uma equipe bastante forte para disputar este mundial. Procuramos escalar atletas com qualidades específicas para a prova de Estrada e apesar da ausência do Murilo Fischer, que teve uma fratura em acidente na Volta da Espanha, esperamos um ótimo desempenho dos ciclistas", comentou Antônio Carlos Silvestre, técnico da seleção de pista.

Rafael Andriato vem tendo uma temporada de destaque na diletante italiana


Masculino
Elite
Rafael Andriato (Petroli Firenze)
Otavio Bulgarelli (Farnese Vini)
Gregolry Panizo (DataRO)

Sub-23
Alexandre Manarelli (Generalli-Ballan)
Gideone Monteiro (Team Brilla)

Feminino 
Flavia Oliveira (Vaiano Solaristech)
Luciene Ferreira (Funvic-Pindamonhangaba)
Márcia Fernandes (São Jose dos Campos)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Saxo Bank desmente boatos de fusão com a Astana



Bjarne Riiss, proprietário da Saxo Bank
Por Fernando Bittencourt

A equipe Saxo Bank-Sungard negou os rumores de que vai se unir com a Astana para a temporada de 2012. Anders Damgaard, um dos porta-vozes do time dinamarquês, desmentiu nesta quarta-feira (14) os boatos divulgados durante esta semana pelo jornal holandês De Telegraph. A publicação havia dito que a Specialized, quem fornece bicicletas para os dois times, era quem estava mediando o acordo.

“A Saxo Bank-Sungard não tem planos de se fundir com ninguém. Esta temporada tem sido uma temporada de muitas especulações e creio que a fusão entre RadioShack e Leopard-Trek tenha contribuído para isso. Estamos trabalhando durante todos esses dias para formarmos um time bastante competitivo para a próxima temporada e esperamos poder anunciar algo oficialmente em breve”, disse Damgaard.

Um dos nomes que têm ganhado força nos bastidores da Saxo Bank é Christopher Froome (Sky). O ciclista de 26 anos que realizou uma excelente Vuelta a España, terminando a prova na segunda colocação, manteve conversas informais com Bjarne Riis, proprietário da Saxo Bank, ao final da prova. Froome poderá substituir Richie Porte (Saxo Bank), que já possui contrato assinado com a Sky para o próximo ano.

“Não posso confirmar qualquer negociação com Chris Froome. A única coisa que posso dizer com certeza é que estamos trabalhando intensivamente para acharmos ciclistas que possam reforçar nosso time. No entanto, o que irá acontecer, apenas o tempo dirá. Talvez tenhamos algo para anunciar até o início do Campeonato Mundial”, afirmou o porta-voz da Saxo Bank, referindo-se à competição que ocorrerá entre os dias 19 e 25 deste mês.

Chris Froome disse que pretende decidir seu futuro durante esta semana. O jovem ciclista possui diversas propostas, inclusive da própria Sky, que lhe ofereceu um contrato de cinco anos.

Até o momento, a Saxo Bank anunciou somente a contratação do novato Christopher Juul-Jensen e tem mais dois ciclistas de saída, além de Porte: os australianos Baden Cooke e Luke Roberts. Cooke foi contratado pela GreenEDGE e Roberts, sem contrato, poderá seguir o mesmo rumo que seu compatriota.

Jeannie Longo está fora do Mundial



Jeannie Longo e Patrice Ciprelli, seu marido
Por Fernando Bittencourt

Jeannie Longo anunciou nesta quarta-feira (14) que não disputará o Campeonato Mundial de Estrada, que será realizado entre os dias 19 e 25 de setembro em Copenhague, na Dinamarca. A decisão da ciclista mais vitoriosa de todos os tempos foi tomada após ter se envolvido em duas polêmicas neste ano.

A primeira ocorreu porque a ciclista acabou não fornecendo à Federação Francesa de Ciclismo (FFC) e à Agência Mundial de Antidoping (WADA) as informações precisas sobre seu paradeiro durante o ano de 2011. Por conta disso, esteve ausente em três ocasiões, nas quais passaria por exames antidoping surpresas. O fato culminou na em um processo disciplinar contra a atleta de 52 anos, que alegou levar uma vida à moda antiga, sem utilizar nem celular e nem computador, o que dificulta em muito a comunicação com as entidades máximas do ciclismo.

A segunda não tem necessariamente a ver diretamente com Longo, mas sim com seu marido e técnico, Patrice Ciprelli, que foi acusado de comprar a substância eritropoietina (EPO) de chineses, via internet. A notícia, divulgada pelo jornal L’Equipe, rendeu uma suspensão provisória a Patrice por parte da FFC.

Bruno Ravaz e Pierre Alberto, advogados de Jeannie Longo, emitiram um comunicado alegando que a atleta de 52 anos foi muito afetada pelas falsas acusações feitas contra ela e que a multicampeã não estaria nas melhores condições físicas e mentais para competir no mais alto nível, ao qual está acostumada. A atleta, por sua vez, agradeceu a todos que a apoiaram, mas afirmou que não disputará a prova feminina de contrarrelógio e a prova de estrada, que serão realizadas na terça-feira e no sábado da semana que vem.

A atleta, dona de 59 títulos franceses e 13 mundiais agora espera por uma resposta oficial sobre o caso, mas os primeiros indícios não são nada bons. “Se o atleta não pode nos comunicar sobre seu paradeiro, com certeza será banido por dois anos e nada menos que isso”, comunicou Olivier Niggli, consultor da Agência Mundial Antidoping (WADA). Porém, se a FFC resolver dar uma suspensão menor à atleta, a WADA terá que intervir no caso e levá-lo ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

Gilbert vence o GP de Wallonie



Gilbert comemora vitória do GP de Wallonie
Por Fernando Bittencourt

Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto) novamente não deu chances aos seus rivais e concluiu o GP de Wallonie da mesma forma como havia feito em dezessete ocasiões nesta temporada: com a vitória, nesta quarta-feira.

O ciclista neutralizou uma fuga que contava com bons ciclistas, como Thomas Voeckler (Europcar), quarto colocado no Tour de France e campeão francês de estrada no ano passado, antes de realizar um ataque fulminante a dois quilômetros da linha de chegada.

O campeão belga de estrada e de contrarrelógio concluiu a prova a 2s de vantagem do pelotão, com Julien Simon (Saur-Sojasun) em segundo. Bjorn Leukemans (Vacansoleil-DCM), Bert de Waele (Landbouwkrediet) e Davy Commeyne (Landbouwkrediet) concluíram a prova na terceira, quarta e quinta posições, respectivamente.

Foi o 18º triunfo do atleta, que contou com um belo trabalho da Omega Pharma. A competição foi a última prova preparatória antes do Campeonato Mundial de Estrada, que será realizado entre os dias 19 e 25 de setembro em Copenhague, na Dinamarca.

Classificação:

1º Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto) 05h00min08s
2º Julien Simon (Saur-Sojasun) a 2s
3º Bjorn Leukemans (Vacansoleil-DCM) m.t.
4º Bert de Waele (Landbouwkrediet) m.t.
5º Davy Commeyne (Landbouwkrediet) m.t.
6º Michal Kwiatkowski (RadioShack) m.t.
7º Oscar Freire (Rabobank) m.t.
8º Guillmaue Levarlet (Saur-Sojasun) m.t.
9º Stefan Denifl (Leopard-Trek) m.t.
10º Maxime Vantomme (Katusha) m.t.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Gilbert é o novo líder do Ranking UCI World Tour



Gilbert, novo líder do ranking World Tour da UCI
Por Fernando Bittencourt

O campeão belga Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto) se tornou o novo líder do ranking World Tour da UCI, após vencer o GP de Quebec e concluir o GP de Montreal na terceira colocação. O belga superou o campeão do Tour de France Cadel Evans, seu futuro companheiro de equipe, e agora espera pelo Campeonato Mundial, que será realizado entre os dias 19 e 25 em Copenhague, na Dinamarca.

Os 130 pontos conquistados por Gilbert no Canadá lhe possibilitaram acumular um montante de 698 pontos. O australiano Cadel Evans (BMC), agora o segundo colocado, possui 574 pontos, enquanto Alberto Contador (Saxo Bank) se mantém na terceira colocação, com 471 pontos.

Em seguida, aparece Joaquim Rodriguez (Katusha), que saltou da quinta para a quarta posição, seguido por Michele Scarponi (Lampre-ISD). O maior salto no ranking foi realizado por Bradley Wiggins (Sky), que estava na 18ª posição e agora ocupa a 7ª, após terminar a Vuelta a España com o terceiro lugar.

A impecável temporada de Gilbert possibilitou à Omega Pharma-Lotto saltar para a primeira posição no ranking por equipes, liderança que era anteriormente da equipe luxemburguesa Leopard-Trek. Quanto ao ranking por países, a Espanha ainda detém a primeira colocação, no entanto, a Bélgica está logo atrás (1357 pontos para a Espanha e 1163 para a Bélgica).

O novo companheiro de Cadel Evans disse que não gostaria de liderar a seleção belga no Campeonato Mundial de Estrada, no entanto, com a participação de Tom Boonen descartada, foi confirmado nesta segunda-feira que o Rei das Clássicas, que venceu 17 vezes apenas em 2011, será o capitão da Bélgica. Gilbert liderará o time que contará com Jürgen Roelandts, Olivier Kaisen e Klaas Lodewyck (Omega Pharma-Lotto), Johan Vansummeren (Garmin-Cervelo), Nick Nuyens (Saxo Bank-Sungard), Greg Van Avermaet (BMC Racing Team), Kevin De Weert (Quickstep) e Bjorn Leukemans (Vacansoleil-DCM).

Boonen anuncia fim de temporada



Boonen voltará a competir somente em 2012
Por Fernando Bittencourt

Tom Boonen (QuickStep), que já estava fora do Campeonato Mundial de Estrada - a ser realizado entre os dias 19 a 25 de setembro em Copenhague, na Dinamarca -, por ter fraturado o braço durante a Vuelta a España deste ano, passou por novos exames e declarou que sua temporada de 2011 chegou ao fim.

Nesta segunda-feira (12), a seleção belga divulgou que o campeão mundial de estrada (2005) também fraturou o escafóide de sua mão esquerda, o que o deixará com a mão imobilizada por quatro semanas.

”Estou realmente chateado. Eu queria participar do Campeonato Mundial, mesmo porque percurso seria perfeito para mim e combinaria com toda a rotina de treinos. Chegaria em ótima forma para buscar o pódio”, lamentou Boonen.

“Infelizmente, a dor que eu sinto em minha mão, aumenta a cada dia em vez de diminuir, o que torna impossível a minha participação em qualquer competição neste ano. Eu renunciarei meu lugar na esquadra e darei oportunidade a um atleta que possa honrar nossa camisa. Desejo que a campanha belga seja repleta de sucessos em Copenhague.”, concluiu o ciclista.

Tom Boonen venceu a Gent-Wevelgem, a 1ª etapa da Volta do Qatar e conquistou a quarta colocação na Tour de Flanders neste ano. Para a próxima temporada, o ciclista almeja compensar a atuação apagada de 2011 e retornar à seleção, que neste Campeonato Mundial, será liderada pelo rei das Clássicas, Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto).

Nova fusão à vista...



Alberto Contador, líder da Saxo Bank
Por Fernando Bittencourt

As grandes fusões ocorridas durante o segundo semestre de 2011 podem ainda não ter terminado. Após os acordos entre Omega Pharma e QuickStep e RadioShack e Leopard-Trek, anunciado recentemente, uma nova fusão pode ocorrer para o ano de 2012: Saxo Bank e Astana podem unir forças na próxima temporada.

O jornal holandês e Telegraph, anunciou nesta terça-feira (13) que uma mediação entre as duas equipes está sendo feita pela empresa Specialized, fornecedora de bicicletas de ambas as equipes. O acordo, ainda em andamento, depende das duas equipes, que conversam para buscar estratégias que culminem em um acordo benéfico e satisfatório a ambas as partes.

Coincidência ou não, a fusão entre RadioShack e Leopard-Trek também contou com a mediação da empresa Trek, fornecedora de bicicletas dos dois times, que ao se juntarem, agitaram os bastidores da Saxo Bank.

Quando questionado sobre a RadioShack-Nissan-Trek, Contador afirmou que esta seria uma equipe praticamente imbatível em 2012 e que dificultaria muito as coisas para o espanhol. O ciclista deseja voltar a vencer o Tour de France, mas disse estar tranquilo, uma vez que sabia que Bjarne Riis – proprietário da Saxo Bank – iria tomar uma providência para reforçar a equipe dinamarquesa. Riis, por sua vez, afirmou que nada o preocupa, dizendo que 2012 será novamente o ano de Contador

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pinda domina Volta do ABC



Hector Fabian Aguilar, Campeão no ABCD
Por Fernando Bittencourt

Hector Fabian Aguilar, atleta da equipe de Pindamonhangaba, venceu a 14ª edição da Volta Ciclística Internacional do Grande ABCD, na categoria Elite Masculina (SP). A prova largou no distrito histórico de Paranapiacaba, em Santo André, e passou pelas sete cidades que compõem o Grande ABCD até São Bernardo do Campo. O uruguaio foi o mais rápido após quase duas horas e meia - 112 quilômetros - de pedaladas.

"Nossa equipe é muito entrosada e nós tínhamos um objetivo quando largamos: vencer. Foi uma prova dura com tempo fechado e chuva no começo, mas depois melhorou. Isso valorizou mais ainda as boas colocações da equipe de Pindamonhangaba", disse Hector. Além do primeiro lugar, o time ainda conquistou ainda a segunda e quinta posições no pódio.

Pela categoria Elite Feminina, a vitória ficou para ciclista de São José dos Campos, Sumaia Ali dos Santos, atleta convocada para a seleção brasileira de ciclismo, que disputará o Pan-Americano de Guadalajara, no México. "A prova foi muito disputada, porque as atletas da seleção estavam presentes. E a nossa equipe trabalhou muito bem e ainda aproveitamos para um treino forte para o Pan", comemorou Sumaia.

As mulheres percorreram 16 voltas no circuito de 3,2 quilômetros montado em uma avvenida de São Bernardo do Campo. As principais equipes da atualidade participaram do evento, que contou pontos para o ranking da Confederação Brasileira de Ciclismo nas categorias Elite e Junior masculino e feminino.

Jovens, adultos e até atletas da categoria Sênior também pedalaram no circuito. Em paralelo, aconteceu a sexta etapa do 1º Campeonato Estadual Escolar Olímpico, nas categorias Mirim (12 a 14 anos) e Infantil (15 a 17 anos).

Classificação:

Elite Masculina:
1 - Hector Fabian Aguilar (Funvic/Marcondes Cesar/Pinda)
2 - Nilceu Aparecido Santos (Funvic/Marcondes Cesar/Pinda)
3 - Kleber Ramos da Silva (Padaria Real/Caloi/Céu Azul/Sorocaba)
4 - Edgardo Simon (Padaria Real/Caloi/Céu Azul/Sorocaba)
5 - Breno Sidoti (Funvic/Marcondes Cesar/Pinda)

Elite Feminina:
1 - Sumaia Ali dos Santos (São José dos Campos/Cannondale)
2 - Luciene Ferreira da Silva (Funvic/Pindamonhangaba)
3 - Clemilda Fernandes da Silva (São José dos Campos/Cannondale)
4 - Janildes Fernandes Silva (São José dos Campos/Cannondale)
5 - Camila Coelho Ferreira (GREC Memorial/Santos)

domingo, 11 de setembro de 2011

Mundial de Paraciclismo

Brasileiros ficam com prata (João Schwindt) e bronze (Soelito Gohr). Chaman não largou. Segue o resultado completo:
Clique aqui!

Cobo é campeão da Vuelta 2011. A volta dos coadjuvantes...





Por Tadeu Matsunaga

O eslovaco Peter Sagan (Liquigas) conquistou sua terceira vitória na Vuelta a España 2011 depois de vencer a 21ª e última etapa da competição, após percorrer 94 km na capital Madri, que celebrou o primeiro título do compatriota Juan José Cobo (Geox) em grandes voltas. O ciclista espanhol, de 30 anos, superou Chris Froome (Sky) e assegurou em definitivo a camisa vermelha.

Na luta pela camisa verde, o jovem Bauke Mollema (Rabobank), que terminou com a quarta posição no geral, venceu o duelo com o experiente Joaquim Rodriguez (Katusha). Mollema foi o nono colocado no sprint final em Madri e somou mais sete pontos. Com o resultado, o ciclista holandês chegou a marca de 122 pontos contra 115 de Rodriguez, que não bonificou na etapa.

Por fim, na classificação de montanha, o francês David Moncoutié (Cofidis) – vencedor da 11ª etapa em Manzaneda – conquistou pela quarta vez a primeira colocação entre os escalados. Aos 35, ele repetiu os feitos de 2008, 2009 e 2010 e encerrou sua participação na Vuelta 2011 com a camisa branca de bolinhas azuis.

A etapa final foi marcada por uma fuga com três ciclistas. Joan Horrach (Katusha), Damiano Caruso (Liquigas-Cannondale) e Jose Alberto Benitez (Andalucia Caja Granada). Os escapados, no entanto, jamais conseguiram uma vantagem confortável e foram neutralizados a 8 km da meta, com a chegada sendo decidida no sprint.

Com a Leopard, Liquigas e Lampre puxando o pelotão nos quilômetros finais a luta pela vitória ficou entre Dani Bennati, Alessandro Petacchi e Sagan. O eslovaco teve dificuldades para achar uma boa posição nos metros finais e viu Bennati e Petacchi saltarem para o sprint.

A vitória parecia ficar entre os italianos, mas Sagan – em uma recuperação impressionante – teve forças para bater os rivais praticamente sobre a meta, conquistando mais um triunfo na Vuelta a España. Festa do eslovaco, de Cobo, que enfim pode relaxar e desfrutar do memorável desempenho na competição que lhe rendeu o título da prova em 2011, e da Geox, que ficou com o título por equipes.



Class. Etapa
1 Peter Sagan (Svk) Liquigas-Cannondale 2:20:59
2 Daniele Bennati (Ita) Leopard Trek
3 Alessandro Petacchi (Ita) Lampre - ISD
4 John Degenkolb (Ger) HTC-Highroad
5 Nikolas Maes (Bel) Quickstep Cycling Team
6 Pim Ligthart (Ned) Vacansoleil-DCM Pro Cycling Team
7 Christopher Sutton (Aus) Sky Procycling
8 Koen De Kort (Ned) Skil - Shimano
9 Bauke Mollema (Ned) Rabobank Cycling Team
10 Vicente Reynes Mimo (Spa) Omega Pharma-Lotto

Class. Geral
1 Juan Jose Cobo Acebo (Spa) Geox-TMC 84:59:31
2 Christopher Froome (GBr) Sky Procycling 0:13:00
3 Bradley Wiggins (GBr) Sky Procycling 0:01:39
4 Bauke Mollema (Ned) Rabobank Cycling Team 0:02:03
5 Denis Menchov (Rus) Geox-TMC 0:03:48
6 Maxime Monfort (Bel) Leopard Trek 0:04:13
7 Vincenzo Nibali (Ita) Liquigas-Cannondale 0:04:31
8 Jurgen Van Den Broeck (Bel) Omega Pharma-Lotto 0:04:45
9 Daniel Moreno Fernandez (Spa) Katusha Team 0:05:20
10 Mikel Nieve Ituralde (Spa) Euskaltel-Euskadi 0:05:33

Class. Pontos
1 Bauke Mollema (Ned) Rabobank Cycling Team 122 pts
2 Joaquim Rodriguez Oliver (Spa) Katusha Team 115
3 Daniele Bennati (Ita) Leopard Trek 101
4 Peter Sagan (Svk) Liquigas-Cannondale 100
5 Juan Jose Cobo Acebo (Spa) Geox-TMC 92

Class. Montanha
1 David Moncoutie (Fra) Cofidis, Le Credit En Ligne 63 pts
2 Matteo Montaguti (Ita) AG2R La Mondiale 56
3 Juan Jose Cobo Acebo (Spa) Geox-TMC 42
4 Daniel Martin (Irl) Team Garmin-Cervelo 33
5 Daniel Moreno Fernandez (Spa) Katusha Team 32

Class. Combinada
1 Juan Jose Cobo Acebo (Spa) Geox-TMC 9 pts
2 Christopher Froome (GBr) Sky Procycling 16
3 Bauke Mollema (Ned) Rabobank Cycling Team 17
4 Daniel Moreno Fernandez (Spa) Katusha Team 21
5 Daniel Martin (Irl) Team Garmin-Cervelo 26

Class. Equipe
1 Geox-TMC 254:32:28
2 Leopard Trek 0:10:19
3 Euskaltel-Euskadi 0:16:44
4 Katusha Team 0:43:18
5 AG2R La Mondiale 0:43:27

Fotos - Brasileiro Masters

Mais fotos no link

http://adahan.com.br/BRAS-ESTRADA-2011/index.html

Mundial 2011


Esse ano o mundial será disputado na Dinamarca, mais precisamente em Copenhagem, de 19 a 25 de setembro (na próxima segunda-feira até o domingo seguinte).
Copenhagem é a capital do país, mas mais relevante do que isso, pesquisas indicam que 37% da população utiliza bicicletas para o seu transporte diário, fazendo com que seja uma das cidades com maior número de ciclistas no mundo. Some-se a isso o incentivo que o governo dá e a sua política de construção constante de ciclovias, originando o termo Copenhagenize. Em reconhecimento, a UCI escolheu a cidade como a primeira Bike City no mundo.
As provas e datas
  1. CR Junior feminino: dia 19, 13,9Km
  2. CR sub-23 masculino: dia 19, 35,2Km
  3. CR Elite feminino: dia 20, 27,8Km
  4. CR Elite masculino: dia 21, 46,4Km
  5. Estrada Junior feminino: dia 23, 70Km
  6. Estrada Sub23 masculino: dia 23, 168Km
  7. Estrada Junior masculino: dia 24, 126Km
  8. Estrada Elite feminino: dia 24, 140Km
  9. Estrada Elite masculino: dia 25, 266Km
A altimetria de todas as provas é irrelevante. Na prova de estrada masculina, por exemplo, o “Cima Coppi” é uma gigantesca montanha de 55 metros de altitude (alguém aí falou Cavendish?).
O contrarrelógio
Todas as provas ocorrem no mesmo circuito (pelo menos mesma largada e mesma chegada). A prova Elite Masculina fará duas voltas no circuito de 23,2Km. A categoria Sub23 fará duas voltas num circuito de 17,6Km, a Junior Masculina e a Elite Feminino percorrerão duas voltas no circuito de 13,9Km. A Junior Feminino percorre apenas uma volta nesse percurso.
Na estrada
A prova da Elite Masculina percorre um trecho de 28Km antes de entrar no circuito de 14Km, onde farão 17 voltas. O percurso não é liso, mas está longe de dar medo para qualquer sprinter de primeiro nível (105 metros de desnível acumulado por volta); nos últimos 500 metros temos um desnível de 50 metros (isso é praticamente plano).
Todas as demais provas percorrem apenas o circuito, não tem trechos de estrada: a Junior Feminino percorre 5 voltas, a Sub23 percorre 12, a Junior Masculino 9 e a Elite Feminino 10 voltas.
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Falando em favoritos, existem duas correntes, cada uma apostando por uma característica: enquanto alguns dão como franco favorito Mark Cavendish ou outro sprinter de primeiro escalão, outros afirmam que o vencedor será um corredor rápido em chegadas, mas não um sprinter puro (estilo Hushovd ou até mesmo Gilbert).
Sem ver as escalações das seleções fica difícil dizer qualquer coisa, mas o Mundial é sempre diferente. Não teremos as equipes tradicionais e muitos amigos se tornam adversários e vice-versa. Antes de mais nada o treinador precisa dominar os egos e superegos.
Fonte: Zaka - magliarosa.com.br

sábado, 10 de setembro de 2011

Gilbert vence mais uma...



Philippe Gilbert, campeão novamente
Por Fernando Bittencourt

Philippe Gilbert parece não se cansar de vencer. Após conquistar 11 títulos em provas durante o ano de 2011, sem contar as vitórias em provas por etapas, o belga venceu nesta sexta-feira (9) o GP de Quebéc, confirmando sua boa fase, nesta temporada que tem sido impecável.

O Rei das Clássicas superou Robert Gesink (Rabobank) e Rigoberto Urán (Sky) em um emocionante final, subindo ao lugar mais alto do pódio novamente, após se envolver em uma fuga com os nove ciclistas restantes nos quilômetros finais da disputa.

O recém-contratado da BMC - equipe do campeão do Tour de France, Cadel Evans – atacou no fim e foi perseguido por Gesink. O holandês persistiu na tentativa de alcançar o campeão, mas teve que se contentar com a colocação habitual de quem desafiou “Big Phil” nesta temporada: o segundo lugar.

Classificação:

1 Philippe Gilbert (BEL/Omega Pharma-Lotto) 5h03min06s
2 Robert Gesink (HOL/Rabobank) a 01s
3 Rigoberto Uran (COL/Sky) a 09s
4 Fabian Wegmann (ALE/Leopard-Trek) a 09s
5 Levi Leipheimer (EUA/RadioShack) a 09s
6 Björn Leukemans (BEL/Vacansoleil-DCM) a 09s
7 Simone Ponzi (ITA/Liquigas-Cannnondale) a 09s
8 Marco Marcato (ITA/Vacansoleil-DCM) a 09s
9 Gerald Ciolek (ALE/QuickStep) a 09s
10 Simon Clarke (GBR/Astana) a 09s

Encomendei uns cabides lá pra casa...

Cachorrada...

Até a cachorrada já tá sabendo o que é bom...


Política e esporte


Política e esporte jamais deveriam se misturar. Isso é definitivo. E essa certeza desde meus tempos de criança quando assisti aos Jogos Olímpicos de Moscou.
Política e ciclismo então, nem se fala. Embora seja uma certeza, sempre temos algum imbecil tentado usar o esporte (o ciclismo especificamente) como uma ferramenta de divulgação de suas idéias.
Vejam o exemplo do recém criado Giro di Padania.
Essa prova foi criada por Umberto Rossi, fundador e secretário geral da “Liga Norte”, um partido político italiano que congrega vários partidos nacionalistas e separatistas das regiões mais ao norte da Itália, num movimento chamado “nacionalismo padano”: Emilia-Romana, Friuli-Veneza, Liguria, Lombardia, Marcas, Piemonte, Toscana, Trentino, Umbria e Vêneto.
Não sou o expert no assunto e, esse movimento pouco ou nada me interessa, mas basicamente o  que eles defendem é a descentralização do poder, dentre outras coisas, sempre acusando o sul do país de ser um parasita, exigindo romper o país em dois (lembrem-se que o norte da Itália é a região rica, e o sul a “pobre”).
Justamente no ano em que os 150 anos da unificação italiana estão sendo comemorados, esse cidadão  teve a idéia de criar uma prova por etapas pelas regiões acima citadas para divulgar seus pensamentos e diretrizes políticas.
Desde o início a prova esteve marcada pelas críticas e protestos quanto a sua realização. Apesar disso a prova foi confirmada, começou e continua.
Cartazes, gritos e, principalmente, barreiras nas estradas estão sendo as maneiras que a população contrária a idéia encontrou para protestar. Evidentemente que, assim como aqui, lá os políticos são oportunistas, e o Partido Comunista e alguns sindicatos são as forças mais fortes, colocando “civis inocentes” na linha de frente da batalha.
Vários incidentes, como na passagem por Savona, onde um carabinieri foi atropelado e um corredor da Colnago-CSF, Sonny Colbrelli foi agredido por um manifestante.
“Nós somos ciclistas e empregados, chegamos a esta corrida para competir e só pedimos que o público nos permita fazer o nosso trabalho”, exige Sacha Modolo, vencedor de duas etapas.
“Alguém foi mais além das palavras e passou a agressão física. Para nós, estas condutas são inaceitáveis, treinamos e nos esforçamos cada dia para correr, não aceitamos que nossos esforços sejam frustrados desta maneira”, recrimina Ivan Basso.
E, demonstrando uma grande clareza, Gianni Bugno, presidente do sindicato dos ciclistas profissionais (CPA), o evento deveria ter sido bloqueado desde o início, pois todos sabiam que a corrida estava vinculada a um partido político muito diferente. “Deveriam ter dito que não. Todo mundo deveria ter dito que não”.
Mas como dizia um falecido político brasileiro, a UCI liberou a corrida sabe-se lá por quais interÉ$$es.
Fonte: Zaka - magliarosa.com.br

Jeannie Longo está enrascada


Em três ocasiões, segundo informou uma fonte da Reuters, ela não divulgou sua localização, quando então exames de rotina não puderam ser realizados.
A Reuters noticiou que a federação francesa de ciclismo interrogará Jeannie na próxima semana e que, dependendo das explicações e conclusões, a veterana de 52 anos poderia ser punida com uma sanção que varia de 3 a 24 meses, ao melhor estilo Rasmussen.
Fonte: Zaka - Maglia Rosa

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mais impostos...


A Câmara de Comércio Exterior aprovou o aumento das taxas de importação para bicicletas. A taxa de 20% subiu para 35%.  Os impostos nos pneus passarão de 16% para 35%. O objetivo é proteger a indústria brasileira dos produtos vindos da China.
Uma alerta importante: segundo o que foi divulgado, a nova taxa isenta bicicletas de competição. Ou seja, nós, consumidores de bikes de rendimento, não deveremos pagar mais caro sob a alegação de que os impostos subiram.
Fonte: Bruno Vicari - Blog Pedaladas

Riis se diz surpreso com a fusão Leopard/RadioShack



Bjarne Riis, proprietário da Saxo Bank
Por Fernando Bittencourt

Bjarne Riis, proprietário da Saxo Bank, diz estar surpreso com a fusão de equipes, realizada nesta semana entre a RadioShack e a Leopard-Trek. A empresa norte-americana anunciou na última segunda-feira que seria a nova patrocinadora da Leopard-Trek, resultando em um novo time: RadioShack-Nissan-Trek, que entrará em ação na próxima temporada.

“Assim como muitos, estou surpreso com o ocorrido. Eles devem ter as razões deles para justificar a fusão, mas não sei mais ao certo o que eles são. Eu acho que será divertido vencê-los. Eu ainda tenho os melhores ciclistas e esta é a forma como vejo as coisas”, provocou o dirigente.

Apesar de possuir excelentes atletas, tais como Andy Schleck, Frank Schleck e Andreas Klöden, Riis minimiza a grandeza do novo time e aposta em seu grande talento para 2012: o espanhol Alberto Contador, tricampeão do Tour. Além disso, pode haver a possibilidade de o dirigente pensar em recontratar alguns atletas e membros da Leopard-Trek para a comissão técnica, que integravam a Saxo Bank antes de migrarem para a nova equipe. Alberto Contador, após o Tour de France, polemizou ao afirmar que seu time necessitava se reforçar e classificou a nova equipe como ‘quase imbatível’, o que pode ter servido como aviso a Riis.

A confusa situação deu margem a comentários de alguns membros da Leopard, como Joost Posthuma, que afirmou faltar comunicação na equipe pela rapidez dos acontecimentos. “Não sei de nada, só sei que tenho contrato até 2012. Espero defender as cores de minha equipe durante o próximo ano, mas para ter alguma certeza após o término do meu contrato, só me resta esperar.” Tom Stamsnijder concordou com seu companheiro de equipe. “Sim, estou preocupado, mas digo que meu contrato será cumprido até o final”, destacou.

Thorsten Schmidt, diretor esportivo da Leopard, afirmou que a situação não está muito clara, mas também comentou sobre a polêmica fusão. “Apenas duas ou três pessoas sabem o que realmente aconteceu e eu apenas acompanhei todo o ocorrido pela mídia. Tudo está muito confuso por enquanto e eu tenho muitas propostas para estudar, mas meu contrato ainda não terminou”, concluiu o dirigente

Gilbert não quer a responsabilidade de ser o capitão belga em Copenhague



Gilbert não quer ser o líder belga no Mundial
Por Fernando Bittencourt

Philippe Gilbert, que está de saída da Omega Pharma-Lotto para integrar o elenco da BMC, certamente pode ser classificado como um dos melhores ciclistas do ano de 2011, mas diz não estar pronto para ocupar o cargo de líder da seleção belga no Campeonato Mundial, que será realizado entre os dias 19 e 25 de setembro em Copenhague, na Dinamarca.

O atleta, vencedor de dez provas na temporada - além de oito vitórias por etapas - disse recentemente que não faz sentido algum desembarcar na Dinamarca como único líder da equipe, alegando não estar pronto para tal feito, além de não estar em sua forma física ideal, como nos meses de abril e julho.

“Durante esta difícil temporada eu fui obrigado a gastar muita energia, não só fisicamente, mas também psicologicamente. Eu nunca tive a intenção de ser o líder belga em Copenhague”, disse Gilbert.

O atleta tem depositado sua esperança e confiança em Tom Boonen, para liderar seu país nas ruas dinamarquesas, no entanto, a participação do ciclista da QuickStep virou dúvida após sofrer uma queda durante a Vuelta a España, que lhe causou uma fratura na mão direita.

“Disputar o Campeonato Mundial sem a companhia de Tom Boonen não será uma tarefa fácil. A ausência dele torna as coisas mais difíceis, pois ele é um especialista em provas de um dia e o trajeto dinamarquês favorece atletas como ele”, afirmou o novo integrante da BMC.

Gilbert é atualmente o segundo colocado no ranking mundial, listado pela União Ciclística Internacional (UCI). O rei das Clássicas e vencedor da 1ª etapa do Tour de France está atrás apenas de Cadel Evans (BMC), vencedor da grande volta francesa

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Campeonato Brasileiro Master/Sub 30 2011


Texto e fotos: Hudson Malta - BikeBros.com.br


São João da Barra é uma pequena cidade do norte fluminense, às margens do rio Paraíba do Sul,  que vive momentos de grande expectativa com pesados investimentos vindos da indústria petroleira. Mas no sábado e domingo (03 e 04 de setembro), o que vimos lá foi uma grande festa do ciclismo nacional, com a presença dos melhores masters e sub-30 do país disputando a edição 2011 do Campeonato Brasileiro de Ciclismo de Estrada e CRI.  O asfalto perfeito já é resultado destes investimentos, e realmente impressionou a todos. Apesar do asfalto e do terreno plano, a tarefa não foi fácil para os competidores, já que o nível foi alto e, pra complicar mais, os fortes ventos da região só deram tréguas nas primeiras baterias. Em resumo, a festa foi grande, bonita e inesquecível para os moradores dessa agradável cidade e os ciclistas que participaram.


Circuitos na praia
Os circuitos foram montados em regiões de praia (Grussaí e Atafona), com grandes cenários. Justamente por este motivo os ventos sopraram com força, principalmente durante uma das “pernas” do contrarrelógio disputado no sábado, que fez com que alguns atletas reduzissem até a metade das suas velocidades máximas. O clima no sábado foi nublado, mas no domingo o sol permaneceu forte e “queimou” muita gente, já que o vento disfarçava o calor. Casos de insolação foram freqüentes, mas os atletas não amoleceram e aproveitaram bem as grandes retas do percurso.  
A definição dos percursos foi feita pelos comissários técnicos da FECIERJ e foi bastante elogiada pelos atletas. A prova de estrada contou com um longo circuito de 25km, totalmente livre de trânsito e em asfalto novo. 
Baterias
A presença dos melhores Masters e Sub-30 do país trouxe brilho às provas. O melhor tempo no CRI foi do Master A1 Jeovane Junior (Team Cycling Açaí), cravando 10min41s94 no circuito de 8400 metros. Um dos destaques do dia foi a conquista do hexacampeonato do fluminense Ricardo Martinez (cat. 50-54), que completou o percurso em 11min25s272, com média de 44.128 km/h. “Ainda não enjoei”, nos disse Martinez, deixando claro que tentará aumentar sua sequência de títulos nas próximas edições.


No domingo, dia das provas de resistência,  foram feitas duas largadas com várias baterias em cada, separadas em espaços de 5 minutos, que rodaram entre 50km e 75km em médias de 41km/h. As largadas separadas permitiram um grande controle da prova pelos comissários, que conseguiram executar seus trabalhos sem maiores complicações. O atraso na largada de quase 40 minutos aumentou a tensão entre os competidores, que sabiam que o circuito não seria fácil apesar de plano. Uma das surpresas do dia foi grande vitória do jovem campista Jefferson Areas sobre o experiente Anderson “Latino” Getúlio em um disputado sprint na cat. Open (não-oficial). Jefferson é uma das revelações do RJ (cat. Júnior) e deve disputar as Olimpíadas Escolares este ano, com chances reais de bons resultados. 


Campeões
Muitas categorias tem agora novos campeões brasileiros. Esta é a lista dos heróis:

Resistência:
- Sub-30: Flavio Cardoso (Bike Escola)
- Master 30-34: Julio Cesar Franco (Team Cycling Açaí – WZ Sports)
- Master 35-39: Alexandre Silva Cardoso (Avulso)
- Master 40-44: Lauri Lunkes (Dimensional/Itapira)
- Master 45-49:  Alvaro Ferreira (Voight/Geban)
- Master 50-54: Willians Sada (Sada Parts)
- Master 55-59: Ricardo Buscema (Avulso)
- Master Veterano: Erton Bitencourt (Team Americas/GM Reis/Danish Design)


Futuro promissor
Segundo Claudio Santos, presidente da FECIERJ, as estradas de São João da Barra podem ver mais provas de estrada no futuro próximo. “Fechamos uma boa parceria com a prefeitura, que nos recebeu de braços abertos. O Brasileiro Master 2012 será no Rio novamente, e é provável que continue sendo realizado aqui, nesta região belíssima”, declarou. O Campeonato Brasileiro Master / Sub-30 foi realizado pela FECIERJ – Federação de Ciclismo do RJ, com o patrocínio da VZAN, Amazonas Bike e FW Engenharia, e apoio da Prefeitura de São João da Barra. A supervisão foi realizada pela Confederação Brasileira de Ciclismo – CBC.

Resultados: WWW.CBC.ESP.BR