sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Volta SP deixa o Brasil mais próximo das olimpíadas de Londres



Ciclistas do país conquistam para o Brasil 68% 
dos pontos no Ranking das Américas



Primeira prova válida pelo ranking continental que classificará ciclistas das Américas para Londres/2012, o Tour do Brasil/Volta Ciclística de São Paulo ajudou o Brasil a se posicionar entre os mais bem colocados. Os ciclistas nacionais dominaram a pontuação considerada pela União Ciclística Internacional (UCI) - os três primeiros de cada etapa e o líder geral a cada fase e os oito primeiros colocados na classificação final individual.
O Tour do Brasil distribuiu total de 321 pontos para o ranking. O Brasil ficou com 219 (68%) e os estrangeiros com 102 (32%), divididos entre Argentina (67), Uruguai (14), Chile (8), Nova Zelândia (8) e Alemanha (5). O vencedor da etapa soma 8 pontos, o segundo colocado 5 e o terceiro 3. A cada etapa, o camisa amarela acrescenta mais 4 pontos no ranking. No final, os oito melhores recebem pontos de 40 (campeão) a 3 para o oitavo.
Na classificação do Tour do Brasil os primeiros sete ciclistas são brasileiros. Apenas o oitavo colocado é argentino, Edgardo Simon, que compete pela equipe de Pindamonhangaba. No quesito camisa amarela, Flávio Santos Cardoso, também da equipe do Vale do Paraíba, liderou por 6 etapas e somou mais 24 pontos. Entre os brasileiros, os maiores pontuadores foram o campeão Gregolry Panizo, com 52 pontos (40 pelo título, 8 pela vitória na oitava etapa e 4 pela camisa de líder na penúltima etapa), e Flávio Santos Cardoso e Magno Nazaret, ambos com 38 pontos. Entre os estrangeiros o grande destaque foi, sem dúvida, o argentino Simon que somou 33 pontos para seu país.
As provas no Brasil que somarão pontos no ranking das Américas, todas em 2011, são as seguintes : Giro do Interior de São Paulo (14 a 18 de março), Volta Ciclística de Gravataí (13 a 17 de abril), Tour de Santa Catarina (20 a 24 de abril), Volta Ciclística do Paraná (1 a 5 de junho), 9 de Julho (9 de julho) e Tour do Rio (27 a 31 de julho).
Os dois primeiros países do ranking continental desta temporada - entre outubro de 2010 e agosto de 2011 -, garantem três ciclistas nas Olimpíadas. O terceiro e quarto países levarão dois atletas para a maior disputa do esporte mundial. O Brasil encerrou o ranking de 2009 / 2010 na quinta posição, atrás da campeã Colômbia, Venezuela, Estados Unidos e Canadá.

Fonte: CBC

Radio Shack multada e Bruyneel suspenso



A equipe Radio Shack foi multada pelo incidente com os uniformes na última etapa do Tour de France 2010. Cada atleta do time deverá pagar um multa de 3.650,00 euros (aproximadamente R$ 8.610,75) pelo ocorrido.

Pior ficou para o manager da equipe, Johan Bruyneel, que pegou um gancho de 2 meses a partir de 01 de fevereiro de 2011 e terá que pagar uma multa de 7.300,00 euros (R$ 17.223,90). Uma bela facada no bolso do belga pelas ofensas aos comíssários através da imprensa.

Calendário UCI 2011

As principais provas de 2011:
18/01/2011 a 23/01/2011  Tour Down Under – Austrália UPT
06/03/2011 a 13/03/2011  Paris-Nice – França HIS
09/03/2011 a 15/03/2011  Tirreno-Adriatico – Itália HIS
19/03/2011 a 19/03/2011  Milan-San Remo – Itália HIS
21/03/2011 a 27/03/2011  Volta Ciclista a Catalunya – Espanha UPT
27/03/2011 a 27/03/2011  Ghent-Wevelgem – Bélgica UPT
03/04/2011 a 03/04/2011  Ronde van Vlaanderen – Bélgica UPT
04/04/2011 a 09/04/2011  Vuelta Ciclista al Pais Vasco – Espanha UPT
10/04/2011 a 10/04/2011  Paris-Roubaix – França HIS
17/04/2011 a 17/04/2011  Amstel Gold Race – Holanda UPT
20/04/2011 a 20/04/2011  La Flèche Wallonne – Bélgica HIS
24/04/2011 a 24/04/2011  Liège-Bastogne-Liège – Bélgica HIS
26/04/2011 a 01/05/2011  Tour de Romandie – Suíça UPT
07/05/2011 a 29/05/2011  Giro d’Italia – Itália HIS
05/06/2011 a 12/06/2011  Critérium du Dauphiné Libéré – França UPT
11/06/2011 a 19/06/2011  Tour de Suisse – Suíça UPT
02/07/2011 a 24/07/2011  Tour de France – França HIS
30/07/2011 a 30/07/2011  Clasica Ciclista San Sebastian – Espanha UPT
31/07/2011 a 06/08/2011  Tour de Pologne – Polônia UPT
08/08/2011 a 14/08/2011  Eneco Tour – Bélgica/Holanda/Luxemburgo UPT
20/08/2011 a 11/09/2011  Vuelta a España – Espanha HIS
21/08/2011 a 21/08/2011  Vattenfall Cyclassics – Alemanha UPT
28/08/2011 a 28/08/2011  GP Ouest France – França UPT
09/09/2011 a 09/09/2011  Grand Prix Cycliste de Québec – Canadá UPT
11/09/2011 a 11/09/2011  Grand Prix Cycliste de Montréal – Canadá UPT
15/10/2011 a 15/10/2011  Giro di Lombardia – Itália HIS

Paris-Roubaix sem os pavés de Aremberg?

Por Zaka (Magria Rosa)

Não se ganha a corrida ali. Mas em mais de uma oportunidade algum favorito perdeu todas as chances nos seus 2400 metros de reta.
Ela é o motivo pelo qual muitos, nos quais me incluo, façam de tudo para assistir os últimos 100Km de prova, onde todos os competidores movem o céu e a terra para entrar nesse lugar nas primeiras posições.
Uma vez ali, os favoritos comandam o grupo que metro a metro vai se destroçando, deixando atrás de si dezenas de bidóns no musgo que cresce entre as pedras, cercados de milhares de fãs alucinados.
É difícil, ou impossível imaginar a Ronde Van Vlaanderen sem o Koppenberg, a Liège-Bastogne-Liège sem La Redoute, a Flèche-Wallone sem o Mur de Huy ou o Tour de France sem os Champs-Élysées.
Mais do que isso, é impossível imaginar a Paris-Roubaix sem o Trouée d’Arenberg.
E essa é a idéia mirabolante da ASO, que pretende desviar o percurso até Valenciennes para incluir o trecho de Chemin des Postes, que já esteve presente na prova nos anos que o Trouée d’Arenberg estava em péssimas condições.
Mas não é essa a situação atual. O motivo é uma “redução necessária” na quilometragem.
Estamos falando de um MONUMENTO, a Rainha da Clássicas, o Inferno do Norte, que escreve sua história baseada nos mitos, nos heróis que exaustos chegam ao velódromo. É a Paris-Roubaix. Não é uma prova qualquer.
De momento só resta rezar para os deuses do ciclismo e esperar até 15 de dezembro, quando o percurso será anunciado.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Melhores momentos DH de Rio das Flores

http://www.youtube.com/watch_popup?v=VR4TSAMr2DQ

Bicicleta... isso vicia!

 
 
Lá por 2500 a.C., a roda com raios anima um sonho humano: mover-se sem pôr os pés no chão nem depender de animais. Hieróglifos do reinado do egípcio Ramsés 2º (1298-1232 a.C.) remetem a supostos biciclos. Mas o desenho da bicicleta atual é atribuído a Leonardo da Vinci, em 1492. E o primeiro testemunho dela é de frei Ricius, jesuíta italiano. No século 16, de regresso da China, ele fala de uma charrete acionada por alavancas.
A volta de apresentação da magrela é um passeio de celerífico  trave de madeira com uma roda em cada ponta , impulsionado com um dos pés no chão pelo conde de Civrac, em 1790, nos jardins do Palais Royal. Também em Paris, em 1855, Ernest Michaux, 14 anos, instala pedais na roda dianteira de um velocípede. Da gambiarra nasce a primeira fábrica de bicicletas do mundo. E lá vem corrida: o inglês radicado na França James Moore vence a prova inaugural em 1868 e é agaloado com uma medalha de ouro por Napoleão 3º. Um ano depois, montado numa bicicleta de rodas de metal e borracha, James fatura os 123km da corrida Paris Rouen e mil francos em ouro.
Surgem a roda livre, que gira sem pedalar, a tração traseira, o pneu e os velódromos. A bicicleta seduz. Vira transporte, moda, esporte. Esbanja tecnologia. Novos desenhos e materiais melhoram seu desempenho. Hoje, são mais rápidas do que os carros da virada do século. Haja coração. O treino físico a que se submetem os ciclistas olímpicos aumenta a válvula cardíaca deles em até 10%. Fica do tamanho do amor e do dinheiro que o esporte envolve

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cancellara: Favorito ao Velo d'Ouro


Cancellara na Paris-Roubaix 2010
Por Tadeu Matsunaga


Não foi anunciado oficialmente, mas vários veículos especializados apontam Fabian Cancellara (Saxo Bank) como grande vencedor do prêmio Velo d´Ouro, entregue pela revista “Velo Magazine.”

Cancellara – mais uma vez - fez prevalecer seu favoritismo no Campeonato Mundial disputado em Melbourne, na Austrália, ao conquistar o tetracampeonato de contrarrelógio (2006, 2007, 2009 e 2010).

Além do tetracampeonato mundial, o contrarrelogista venceu uma etapa da Volta da Suíça e fez dobradinha ao triunfar nas clássicas Paris-Roubaix e Tour de Flandes. O suíço também saiu vitorioso da crono individual no Tour de France, e auxiliou seu companheiro Andy Schleck na luta pelo título.

Com isso, Fabian Cancellara, de 29 anos, quebra a sequência de premiações de Alberto Contador. O espanhol, suspeito de envolvimento com doping, havia vencido a premiação nos últimos três anos.

Confira os vencedores do Velo d´Ouro 

1992 Miguel Indurain
1993 Miguel Indurain
1994 Tony Rominger
1995 Laurent Jalabert
1996 Johan Museeuw
1997 Jan Ullrich
1998 Marco Pantani
1999 Lance Armstrong
2000 Lance Armstrong
2001 Lance Armstrong
2002 Mario Cipollini
2003 Lance Armstrong
2004 Lance Armstrong
2005 Tom Boonen
2006 Paolo Bettini
2007 Alberto Contador
2008 Alberto Contador
2009 Alberto Contador

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vinokourov vence Criterium de Chihuahua


Andy Schleck, Vinokourov e Samuel Sanchez no pódio
Por Tadeu Matsunaga


O cazaque Alexander Vinokourov (Astana) venceu o Criterium Volta da Chihuahua 2010, disputado na cidade mexicana neste domingo. Vino superou o luxemburguês Andy Schleck (Saxo Bank) e o espanhol Samuel Sanchez (Euskaltel). Os três cruzaram a meta escapados do grupo principal.

A prova foi disputada num circuito de 4,4 km, com um total de 15 voltas. Os ciclistas locais, desde o principio, mostraram-se aguerridos e tentaram dificultar a situação para os estrangeiros.

Na quarta volta, um quarteto formou-se à frente. Peter Sagan (Liquigas), Iván Gutiérrez (Caisse d’Epargne), Bernardo Colex (Puebla) e o próprio Schleck ditavam o ritmo, porém, duas voltas depois Vinokourov, Sanchez, Alexander Kolobnev (Katusha), Jakob Fulgsang (Saxo Bank), e os mexicanos César Vaquera e Enrique Méndez, de Chihuahua, uniram-se ao grupeto.

Com um minuto de vantagem para o pelotão principal, os escapados seguiram juntos até a última volta, quando Vino, Schleck e Samu Sanchez atacaram e deixaram o restante da fuga para trás.

No sprint final, o ciclista cazaque superou os adversários e cruzou a meta na primeira colocação.Andy Schleck e Samuel Sanchez foram segundo e terceiro, respectivamente.

Giro 2011

Por Zaka (Maglia Rosa)
Etna, o vulcão mais ativo da Europa e os Alpes são dois dos protagonistas do percurso do 94o. Giro d’Italia (7 a 29 de maio de 2011).
A corrida que pretende homenagear os 150 anos da unificação italiana (1861) foi apresentada em Turim, norte do país, justamente a cidade de partida, palco de um contrarrelógio por equipes relativamente curto (21,5Km).
O que ficou claro depois da apresentação é que o ganhador será um escalador. Serão sete etapas com chegada em subida, incluída a cronoescalada a Nevegal.
Montevergine di Mercogliano, Etna, Grossglockner, Zoncolan, Val di Fassa Gardeccia, Macugnaga e Sestriere serão as outras escaladas. Serão no total 3.496 quilômetros até Milão, somente 4 a menos que o máximo estipulado pela UCI para as GT.
Após a largada, a prova toma direção sul com três etapas para sprintes (Parma, Ripallo e Livorno). Feita a festa, uma etapa de média montanha com um trecho de 13Km de sterrato dentro dos 50 quilômetros finais.
Na 7a. etapa haverá o primeiro contato com a montanha em Montevergine di Mercogliano: uma etapa curta, passando antes pelo Monte Taburno, onde Damiano Cunego apareceu para o mundo em 2004.
A caravana cruza o Estreito de Messina para subir o Etna (anteriormente foi escalado em 1967 e 1989). Não basta uma vez, serão duas na mesmo etapa: a primeira com 18Km a 6,1% e a segunda por outra estrada com 19,4Km a 6,3% até o refúgio de Sapienza, desnível acumulado de mais de 3.000 metros (positivos). Depois do esforço, o primeiro descanso.
No dia de “descanso ativo” a caravana volta a cruzar o estreito, nova etapa para os sprinters em Téramo, duas de média montanha e a chegada aos Alpes Austríacos, passando pelos Dolomitas nas etapas 13 e 14. A chegada será no Grossglockner, a segunda montanha mais alta da cordilheira européia
Sem descanso os ciclistas partem de Lienz para a etapa com final no Monte Zoncolan, mas não sem antes passar pelo Monte Crostis (14,5% a 9,8% de média e máxima de 20%).
Ainda sem descanso o dia seguinte reserva outra etapa dolomita com 230Km passando por Paso Giau (Cima Coppi), Marmolada e Gardeccia Val di Fassa. Encerrada a etapa, o segundo dia de descanso.
Decansem um pouco e treinem leve. A etapa 16 é dia da cronoescalada ao Nevegal: 12,67Km sendo os quatro primeiros com pendência superior a 10%. de média.
As duas etapas seguintes seriam classificadas como de transição, mas se existem dificuldades elas devem ser consideradas (ultimamente são nessas etapas que ocorrem as maiores mudanças). A primeira delas é com final em Sondrio, uma maratona de 245Km com passagem pelo Paso del Tonale e Aprica. O dia seguinte reserva o Paso di Ganda e sua longa descida.
Em Macugnaga teremos a penúltima etapa em subida com 211Km. O dia seguinte volta ao Colle delle Finestre e seus últimos 9Km sem asfalto, onde Rujano e Simoni puseram Savoldelli em dificuldades em 2005.
Em Milano, a etapa final com um contrarrelógio individual de 32,8Km. Oportunidade para as bellas donnas.
1/ 7 de maio: Venaria Reale-Turín, 21,5 km (CRE).
2/ 8 de maio: Alba-Parma, 242 km.
3/ 9 de maio: Reggio Emilia-Rapallo, 178 km.
4/ 10 de maio: Quarto dei Mille-Livorno, 208 km.
5/ 11 de maio: Piombino-Orvieto, 201 km.
6/ 12 de maio: Orvieto-Fiuggi Terme, 195 km.
7/ 13 de maio: Maddaloni-Montevergine di Mercogliano, 100 km.
8/ 14 de maio: Sapri-Tropea, 214 km.
9/ 15 de maio: Messina-Etna, 159 km.
10/ 17 de maio: Termoli-Teramo, 156 km.
11/ 18 de maio: Tortoreto Lido-Castelfidardo, 160 km.
12/ 19 de maio: Castelfidardo-Ravenna, 171 km.
13/ 20 de maio: Spilimbergo-Grossglockner, 159 km.
14/ 21 de maio: Lienz-Monte Zoncolan, 210 km.
15/ 22 de maio: Conegliano-Gardeccia-Val di Fassa, 230 km.
16/ 24 de maio: Belluno-Nevegal, 12,7 km (cronoescalada).
17/ 25 de maio: Feltre-Sondrio, 246 km.
18/ 26 de maio: Morbegno-San Pellegrino Terme, 147 km.
19/ 27 de maio: Bérgamo-Macugnaga, 211 km.
20/ 28 de maio: Verbania-Sestriere, 242 km.
21/ 29 de maio: Milano-Milano, 32,8 km (CRI)


Armstrong se aposentará no Tour Down Under

Segundo Mike Rann, primeiro-ministro do estado da Austrália Meridional, e Mike Turtur, diretor da prova australiana da Tour Down Under, Lance Armstrong pendurará suas sapatilhas fora dos Estados Unidos em janeiro de 2011, em Adelaide, no sul da Austrália.
Armstrong considera especial o Tour Down Under, pois a escolheu para seu retorno ao ciclismo em 2009 após a precoce aposentadoria.
O Tour Down Under acontece entre os dias 16 e 23 de janeiro de 2011.
Será que desta vez é pra valer?

Panizo é o primeiro bicampeão da Volta de SP


Por GLOBOESPORTE.COM

Gregolry Panizo garantiu o bicampeonato da Volta Ciclística de São Paulo, finalizada na manhã deste domingo na capital paulista. A vitória da nona etapa ficou com Antonio "Tonho" Nascimento, de Santos, mas Panizo administrou a vantagem que tinha sobre os concorrentes e fez o suficiente para ficar com o título da sétima edição. Sua equipe, o Foz do Iguaçu, também garantiu o primeiro lugar da prova, que percorreu 1.069 quilômetros em nove dias, passando por 55 cidades do estado.
- Entrei nesta etapa com o pensamento de administrar o resultado e chegar junto com o pelotão. Deu tudo certo e agora quero comemorar muito com a equipe e minha esposa Valéria - contou o primeiro bicampeão da prova, que terminou o percurso de 50 quilômetros entre Jundiaí e São Paulo, a dois segundos de Antonio Nascimento.
Pódio volta ciclística de São PauloGregorly Panizo ergue o troféu e o cheque pela vitória na Volta Ciclística de SP (Foto: Sérgio Shibuya / ZDL)
O atleta de 25 anos começou a Volta Ciclística de São Paulo com desempenho discreto e só assumiu a camisa amarela de líder na penúltima etapa, no sábado, entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão.
- Fiquei desanimado logo após o contra-relógio (o pneu da bicicleta furou e ele terminou na 11ª posição), que é uma de minhas especialidades. Apostei tudo na montanha e neste domingo só procurei fugir de acidentes e andar junto com o pelotão.
Fã do norte-americano Lance Armstrong, o paranaense de Tupãssi, sonha em competir na Europa.
- Já estou com 25 anos e sei que para competir na Europa teria de ser antes, mas o sonho continua e ainda tenho esperanças.
Seu planejamento na temporada era exatamente buscar o segundo título na principal prova de ciclismo de estrada do Brasil.
- Meu objetivo sempre é vencer o Tour do Brasil e desta vez não foi diferente. É a melhor prova de estrada do país e espero ganhar mais vezes", finalizou o ciclista que participou de quatro das sete edições.
Hernandes Quadri comemora segundo título
Um dos maiores ciclistas brasileiros de todos os tempos, Hernandes Quadri Júnior, técnico de Foz do Iguaçu, também comemorou seu segundo título. Hernandes venceu por equipes em 2004, quando ainda era atleta de Santos.
- Estou muito satisfeito com nosso trabalho, que resultou no título individual e por equipes. A minha felicidade é a mesma pelo título do Panizo, do que quando eu competia - disse o treinador de 42 anos e que encerrou a carreira de atleta em 2008.
Além de ser treinador, Hernandes exerceu a função de psicólogo logo após o contra-relógio, em São Carlos, na metade do evento.
- O Panizo estava muito desanimado e tentei passar confiança. Sabia que o trecho de montanha de Campos do Jordão seria decisivo e no final tudo deu certo. Nosso time conta com atletas jovens e aponto o Murilo como uma das esperanças do ciclismo brasileiro - relembrou o técnico da equipe, que ainda conta com a presença de Renato Seabra (3º no geral), Eduardo Pereira (27º), Murilo Afonso (32º), Renato Santos (36º), Daison Mendes (41º), Felipe Delai (43º) e Juliano Silva (91º).
Para a próxima temporada, Hernandes planeja inscrever a equipe nas principais provas do continente.
- Além de competir nas provas do Brasil, queremos ir para eventos na Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela - encerrou.
Antônio Nascimento vence última etapa e conquista quarto título de Montanha
Tohho volta ciclística de São PauloTonho festeja a vitória na última etapa da Volta de SP,
entre Jundiaí e São Paulo (Foto: Ivan Storti / Divulgação)
Antônio Nascimento, da equipe de Santos, venceu a última etapa entre as cidades de Jundiaí e São Paulo. Terminou o percurso de 50km, com chegada na Ponte Estaiada, com o tempo de 1h05m21s, dois segundos à frente de Francisco Chamorro, da equipe de São José dos Campos. Anibal Borrajo, argentino que corre pelo time norte-americano Jamis Sutter, fechou o pódio, com o mesmo tempo de Chamorro. O atleta da baixada santista fechou a disputa na quinta colocação individual.
"Tonho" conquistou também seu quarto título de Montanha, nas sete edições do Tour. Ele já havia vencido em 2004, 2005 e 2006 e tornou-se o ciclista com maior número vitórias da competição, pois foi o campeão individual de 2004.
- Eu nunca entro nas provas pensando em ganhar etapas de Montanha. As oportunidades aparecem e eu procuro aproveitar, mas sempre tomando cuidado para não prejudicar o resultado final. Fico muito feliz por ter conquistado quatro vezes a disputa de Montanha - comemorou o esportista. Numa demonstração de grande regularidade nas nove etapas deste ano, "Tonho" ficou em segundo lugar na classificação por pontos, com a mesma soma do vencedor Edgardo Simon, 40.
A equipe de Santos terminou a disputa geral, após nove trechos pedalados, na terceira posição, atrás de Foz do Iguaçu e Pindamonhangaba.
- A edição deste ano foi muito disputada, com nível equilibrado e forte. Todas as etapas foram difíceis e nossa equipe lutou bastante para conquistar um lugar no pódio. Fico feliz em saber que o ciclismo está atingindo um nível cada vez maior de qualidade técnica no Brasil - explicou Antônio Nascimento.
Edgardo Simon é bi por pontos e confirma regularidade
Edgardo Simon, argentino do time Pindamonhangaba, foi o bicampeão por pontos (venceu também em 2008) e mostrou grande regularidade. Ele terminou a disputa com 40 pontos, seguido de Antônio Nascimento (40) e Flávio Santos (22).
- O nível da competição foi muito alto, com equipes estrangeiras fortes. Obviamente que o objetivo era a classificação geral, mas também é muito importante essa vitória por pontos. Estou feliz com o bicampeonato - assinalou.
Na disputa individual, Edgardo terminou em oitavo. Sua equipe foi vice-campeã geral individual, com Magno Nazaret, e por equipes. É a melhor colocação do time de Pindamonhangaba, que no ano passado terminou em terceiro lugar.
- Foi uma corrida ótima para nosso time. Conseguimos vitórias em cinco etapas e o saldo final foi positivo. Terminar em segundo lugar é um feito importante para nós - enfatizou o ciclista único a ganhar duas etapas neste ano - a primeira (Prudente a Assis) e a sétima (Atibaia a Pindamonhangaba).
Líder na maior parte do campeonato, Baiano se conforma com sétimo lugar
Dono da camisa amarela durante cinco etapas, Flávio Santos Cardoso, o "Baiano", da equipe de Pindamonhangaba, perdeu a liderança na subida da montanha, em Campos do Jordão, e finalizou no sétimo lugar. Mesmo com a queda na tabela, Baiano ficou satisfeito com seu desempenho.
- Fui bem na maior parte do tempo e quero desfrutar dos momentos bons que tive. Costumo dizer que o ciclismo é imprevisível e isso se confirmou mais uma vez. Vou treinar cada vez mais para vencer e em 2011 vou estar fortalecido - contou o campeão brasileiro de 2009.
Brasil domina primeiras posições
Os brasileiros dominaram as primeiras posições do Tour do Brasil e mostraram que estão em um momento bastante favorável. Dos 10 primeiros colocados no geral, apenas dois são estrangeiros - o oitavo colocado, o argentino de Pindamonhangaba Edgardo Simon e o décimo o neozelandês Jeremy Yates.
Nas vitórias das etapas o placar final foi favorável ao grupo internacional por 6 a 4. Edgardo ganhou duas vezes, e Alexandre Borrajo (ARG), Francisco Chamorro (ARG), Hector Figueiras (URU) e Jeremy Yates (NZL) uma vez cada. Pelo time nacional, ganharam etapas Flávio Santos Cardoso, Magno Nazaret (contra-relógio), Gregolry Panizo e Antonio Nascimento.
Resultados da nona etapa - Jundiaí a São Paulo - 50 km (média horária de 45,907 km/h)
Individual
1- Antonio Nascimento (Santos) - 1h05m21s (13s de bonificação)
2- Franciso Chamorro (São José dos Campos) - 1h05min23s (6s de bonificação)
3- Anibal Borrajo (EUA) - mesmo tempo (4s de bonificação)
4- Gonzalo Miranda (Chile) - mesmo tempo
5- Edgardo Simon (Pindamonhangaba) - mesmo tempo
6- Michel Garcia (Santos) - mesmo tempo
7- Tyler Wren (EUA) - mesmo tempo
8- Luiz Ortiz Jr. (Seleção Paulista) - mesmo tempo
9- Sean Joyce (Nova Zelândia) - mesmo tempo
10- Glauber Nascimento (Suzano) - mesmo tempo
Equipes
1- Santos - 3h16m07s
2- EUA - 3h16m09s
3- Seleção Paulista - mesmo tempo
4- Alemanha - mesmo tempo
5- Nova Zelândia - mesmo tempo
Meta Volante
1- Antonio Nascimento (Santos)
2- Fabiano Mota (Santos)
3- Jose Astiasaran (Argentina)
Prêmio de Montanha
1- Antonio Nascimento (Santos)
2- Jeremy Yates (Nova Zelândia)
3- Halysson Ferreira (Rio Claro)
Classificação geral final - após nove etapas
Individual
1- Gregolry Panizo (Foz do Iguaçu) - 24h56m37s
2- Magno Nazaret (Pindamonhangaba) - a 54 s
3- Renato Seabra (Foz do Iguaçu) - a 59 s
4- Maurício Morandi (São José dos Campos) - a 1m18s
5- Antonio Nascimento (Santos) - a 1m43s
6- Fábio Ribeiro (Suzano) - a 3m27s
7- Flávio Santos Cardoso (Pindamonhangaba) - a 3m32
8- Edgardo Simon (Pindamonhangaba) - a 3m55s
9- Andre Pulini (Santos) - a 4m02s
10- Jeremy Yates (Nova Zelândia) - a 4m14s
Equipes
1- Foz do Iguaçu - 74h57m01s
2- Pindamonhangaba - a 1m54s
3- Santos - a 3m20s
4- São José dos Campos - a 8m34s
5- Florianópolis - 12m38s
6- Suzano - a 14m12s
7- Rio Claro - a 14mi8s
8- Seleção Paulista - a 21m00s
9- São Caetano - a 30m00s
10- Nova Zelândia - 31m21
Por pontos
1- Edgardo Simon (Pindamonhangaba) - 40 pontos
2- Antonio Nascimento (Santos) - 40 pontos
3- Flávio Santos Cardoso (Pindamonhangaba) - 22 pontos
Prêmio de montanha
1- Antonio Nascimento (Santos) - 23 pontos
2- Jeremy Yates - 20 pontos
3- Gregolry Panizo (Foz do Iguaçu) - 14 pontos
Categoria Sub-23
1- Maurício Knapp (São Caetano) - 25h02m45s (16º no geral)
2- Justo Tiego (Rio Claro) - 25h03m02s (17º no geral)
3- Ramiro Gonzalez (Florianópolis) - 25h05m53s (23º no geral)
4- Eduardo Pereira (Foz do Iguaçu) - 25h07m23s (27º no geral)
5- Flávio Reblin (Florianópolis) - 25h07m47s (29º no geral)

sábado, 23 de outubro de 2010

Reviravolta na Volta de São Paulo


Panizo festeja a vitória em Campos do Jordão
Por Tadeu Matsunaga


Neste sábado, a “etapa rainha” do Tour do Brasil/ Volta Ciclística de São Paulo reservou uma reviravolta dentro da competição. O ciclista Gregolry Panizo (Clube DataRo de Ciclismo) venceu a oitava etapa com chegada em Campos do Jordão, após superar o duríssimo trecho de serra, e assumiu a liderança da prova.

Escapado desde a metade do percurso em Santo Antonio do Pinhal - junto com seu companheiro Renato Seabra e Maurício Morandi (São José dos Campos), Gregolry Panizo acelerou o ritmo nos quilômetros finais e completou a prova com o tempo de 1h45min47s. Seabra e Morandi garantiram a segunda e terceira colocações, respectivamente, com 1min15s de atraso para Panizo.

O resultado, pois fim a hegemonia da equipe de Pindamonhangaba – vencedora de seis etapas até o momento, e derrubou o trabalho “quase” perfeito do time vale-paraibano que detinha as três primeiras posições na classificação geral com Flávio Cardoso, Magno Nazaret e Edgardo Simon.

Campeão da Volta de São Paulo 2008, Gregolry Panizo sofreu com consecutivas lesões na temporada passada – principalmente no menisco - e cogitou abandonar a carreira com receio de não recuperar a performance anterior. “Foram momentos muito difíceis, fiquei deprimido e não pensava que pudesse recuperar o alto nível”, declarou o ciclista após cruzar a meta.

Na Volta do Paraná, realizada em junho, Panizo conseguiu obter a quarta posição no geral, e provou estar recuperado dos problemas no joelho, o que o fez recuperar a motivação. “Foi um resultado muito importante, porque recuperei a confiança e percebi que poderia render mais. As dores simplesmente sumiram, minha motivação voltou e hoje conquistamos esse resultado maravilhoso”, festejou Gregolry.

O técnico Hernandes Quadri comemorou o resultado obtido pela equipe paranaense que, de uma vez por todas, apaga a mancha do doping em cinco membros do time em 2009, e coloca a DataRo na liderança por equipes. “Todos cumpriram o planejamento traçado e estão de parabéns. Mas agora precisamos manter a calma para chegarmos juntos na etapa final”

Desatenção e prejuízo para Pindamonhangaba 

Soberana até então na competição, a equipe Funvic/Marcondes Cesar/ Pindamonhangaba viu todo o trabalho feito até a 7ª etapa cair por terra. O desempenho catastrófico do time no estágio entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão fez com que o time do Vale do Paraíba perdesse não apenas o primeiro lugar no individual geral como também por equipes.

Dos comandados por Benedito Tadeu, o Kid, apenas o recém chegado Magno Nazaret conseguiu manter-se entre os primeiros. O ciclista terminou em quinto lugar – 2min02s atrás de Gregolry Panizo, e manteve a segunda posição no geral. Já Flávio Cardoso, que iniciou o dia com a camisa amarela, despencou para o sétimo lugar após um tímido desempenho na subida da serra.

Três ciclistas da equipe de Pinda abandonaram a Volta de São Paulo neste sábado. Roberto Pinheiro, Hector Aguilar e Marcelo Moser.
Benedito Tadeu, o Kid, não escondeu o desapontamento e frustração com a reviravolta, mas reconheceu o equívoco na tática da equipe. “Acabamos escolhendo a tática errada e fomos prejudicados. Perdemos para nós mesmo, mas faz parte. Estou tranqüilo e acredito que tudo isso servirá de lição para todos nós.”

Decisão em São Paulo 

Neste domingo, às 6h50, os 111 ciclistas que permanecem na competição largam darodovia dos Bandeirantes (SP 348), no km 48, em Jundiaí, com destino ao Complexo Viário Jornalista Roberto Marinho (Ponte Estaiada), com chegada prevista para as 8 horas da manhã.

Apesar da vantagem sobre os adversários, o título ainda não está garantido para Gregolry Panizo. Prova disso aconteceu há dois anos, quando uma fuga quase colocou o título do paranaense a perder. Na ocasião, Panizo utilizou como tática seguir junto com os escapados e assegurou seu primeiro triunfo na Volta de São Paulo.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Greipel: O maior vencedor de 2010

Confira a lista com os principais vitoriosos da temporada

André Greipel (HTC-Columbia) 21 vitórias

Mark Cavendish (HTC-Columbia) 11 

Alberto Contador (Astana) 9 

Fabian Cancellara (Saxo Bank) 8 
Tyler Farrar (Garmin-Transitions) 8 
Alessandro Petacchi (Lampre) 8

Jimmy Casper (Saur Sojasun) 7
Francesco Chicchi (Liquigas) 7
Oscar Freire (Rabobank) 7
Vincenzo Nibali (Liquigas) 7
Ricardo Riccó (Vacansoleil-Flaminia) 7

Edvald Boasson Hagen (Sky) 6
Samuel Dumoulin (Cofidis) 6
Philippe Gilbert (Omega Pharma-Lotto) 6
José Rujano 6
Luis León Sánchez (Caisse d'Epargne) 6
Kenny Van Hummel (Skil-Shimano) 6
Giovanni Visconti (ISD-Neri) 6

Jerome Coppel (Saur Sojasun) 5
Jimmy Engoulvent (Saur Sojasun) 5
Yahueni Hutarovich (Française des Jeux) 5
Gustav Larsson (Saxo Bank) 5
Tony Martin (HTC-Columbia) 5
Anthony Ravard (AG2R) 5
Joaquim Rodríguez (Katusha) 5
Peter Sagan (Liquigas) 5
Samuel Sánchez (Euskaltel-Euskadi) 5

Igor Antón (Euskaltel-Euskadi) 4
Adam Blythe (Omega Pharma-Lotto) 4
Tom Boonen (Quick Step) 4
Theo Bos (Cervélo) 4
Martin Elmiger (AG2R) 4
Matthew Goss (HTC-Columbia) 4