quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Bicicleta... isso vicia!

 
 
Lá por 2500 a.C., a roda com raios anima um sonho humano: mover-se sem pôr os pés no chão nem depender de animais. Hieróglifos do reinado do egípcio Ramsés 2º (1298-1232 a.C.) remetem a supostos biciclos. Mas o desenho da bicicleta atual é atribuído a Leonardo da Vinci, em 1492. E o primeiro testemunho dela é de frei Ricius, jesuíta italiano. No século 16, de regresso da China, ele fala de uma charrete acionada por alavancas.
A volta de apresentação da magrela é um passeio de celerífico  trave de madeira com uma roda em cada ponta , impulsionado com um dos pés no chão pelo conde de Civrac, em 1790, nos jardins do Palais Royal. Também em Paris, em 1855, Ernest Michaux, 14 anos, instala pedais na roda dianteira de um velocípede. Da gambiarra nasce a primeira fábrica de bicicletas do mundo. E lá vem corrida: o inglês radicado na França James Moore vence a prova inaugural em 1868 e é agaloado com uma medalha de ouro por Napoleão 3º. Um ano depois, montado numa bicicleta de rodas de metal e borracha, James fatura os 123km da corrida Paris Rouen e mil francos em ouro.
Surgem a roda livre, que gira sem pedalar, a tração traseira, o pneu e os velódromos. A bicicleta seduz. Vira transporte, moda, esporte. Esbanja tecnologia. Novos desenhos e materiais melhoram seu desempenho. Hoje, são mais rápidas do que os carros da virada do século. Haja coração. O treino físico a que se submetem os ciclistas olímpicos aumenta a válvula cardíaca deles em até 10%. Fica do tamanho do amor e do dinheiro que o esporte envolve

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