sábado, 25 de junho de 2011

Fischer está no Brasil para defender o título no Brasileiro de Estrada


Por Leandro Bittar


Ninguém passou indiferente por Murilo Fischer nesta temporada. A camisa de campeão brasileiro foi uma das sensações do pelotão profissional e alvo da admiração e do reconhecimento dos atletas ProTour e também do público amante do esporte. Muitas camisas - em várias versões - desembarcam no Brasil constantemente e, em muitos lugares, o estoque se esgota rapidamente.

Todo este impacto aumentou a expectativa sobre quem irá vestir a camisa de campeão brasileiro a partir do dia 26 de junho. “No fim das contas, acho que fez bem ao ciclismo brasileiro eu vestir a camisa. A visibilidade e a curiosidade foram muito grandes. Sei que meu compromisso por um bom resultado aumentou. Mas a pressão sempre foi grande”, explica Fischer.

Depois de um primeiro semestre de bons resultados, com uma vitória sobre Oscar Freire no Challenge de Mallorca, o brasileiro também fazia um grande Giro d’Italia, quando uma virose o fez abandonar pela primeira vez na carreira uma grande volta. “Estou me sentindo bem fisicamente. Não é aquela baita sensação de força, mas até pelo meu desempenho no ano, estou confiante”.

No domingo, Murilo usará pela primeira vez no ano a camisa preta, branca e azul, tradicional da Garmin-Cervélo. “Não tinha a camisa. Tive que pedir uma.” Mas ele espera voltar ao verde-amarelo na sequência. “Seria uma grande honra para mim poder reconquistar o título e vestir a bandeira do Brasil por mais um ano. Na prática não muda muito. Mas seria uma satisfação enorme”.

Ele já está em Boituva, local onde acontece o Brasileiro e nesta sexta-feira fará o reconhecimento do circuito de 9,2 km. “Assisti ao vídeo no site da Federação e vi a altimetria no Prólogo. Mas preciso pedalar para conhecer melhor. Em tese, preferiria que fosse mais seletivo”, diz Fischer.

Por estar for a do país, Murilo Fischer lamenta não saber quem são seus principais rivais nem ter uma equipe para ajudá-lo. “Vamos ver como as coisas se desenrolam no pelotão”, diz Fischer, que aponta Rafael Andriato, que compete na Itália, como um dos candidatos ao título. “Ele é um talento nato e vive um grande momento. Sem dúvida, é um nome capaz de lutar pela vitória. Mas não tem só ele”, conclui.

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