Por Bruno Vicari
Uma declaração bastante interessante do sempre polêmico Mario Cipollini ao jornal francês l’Equipe. Para o ex-sprinter italiano sobra cordialidade e falta sangue na veia para os atuais ciclistas.
“Na minha época era bem diferente: Eu entrava em um sprint como um gladiador, pronto para fazer qualquer coisa para vencer”, disse o Supermario. “Se eu perdia, não era capaz de comprimentar quem me venceu. Eu odiava aqueles que tivaram o doce da minha boca! Não vejo isso no Contador”
Cipollini usou como exemplo o acontecido no Tour de France deste ano, quando Schleck abraçou Contador após a etapa do Tourmalet. “Ver aquilo foi algo irreal. Depois do que Contador fez com ele em Port de Balés, Andy deveria tê-lo atacado na estrada e nos microfones”.
“Um segundo após o Pozzato ser batido na disputa pelo bronze no Mundial, a única coisa que ele pensava era em parabenizar o vencedor. O que passava na cabeça dele? Será que a vitória se tornou algo tão banal que não é capaz de causar satisfação ou decepção?”
Nas minha opinião, o Fair Play sempre deve prevalecer. Porém, muita cordialidade não combina com uma disputa. Na estrada eu quero ver os ciclistas se pegando mesmo. Claro que com a lealdade tradicional dos grandes campeões do ciclismo, mas sem gentilezas
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