Na primeira edição do Tour de Beijing desse ano aconteceu um evento bizarro. Yannick Eijssen, belga da BMC, teve que abandonar a corrida depois que um helicóptero voou baixo demais e acabou derrubando, com o vento gerado, uma placa de propaganda. A placa o acertou, jogando-o no chão e forçando-o a abandonar a corrida. Sem dúvida nenhuma uma pena, mas algo natural de se ver no ciclismo.
No Tour de France desse ano uma criança distraída ficou muito próxima da avenida enquanto o pelotão passava. O resultado todo mundo deve se lembrar. O Contador com certeza não esqueceu.
Temos também a clássica cena no Tour de France de 2003, na 15º etapa, quando Lance Armstrong vai ao chão depois de prender seu guidon em uma sacola de um telespector, e leva junto Iban Mayo. Ulrich escapa por pouco. É a foto da capa deste post.
O aleatório talvez seja uma das partes mais constantes de uma corrida de bicicleta, e um dos responsáveis pelo esporte ser tão emocionante. São eventos extraordinários que acontecem em momentos chave das disputas e podem mudar toda a história da prova. Talvez apenas no ciclismo o imprevisível seja tão relevante.
Até a postura da UCI com relação a isso é pragmática. O risco existe, e há de se viver com ele. Sem muito o que fazer, a não ser cercar os km’s finais de uma corrida e tentar eliminar alguns obstáculos durante o percurso, como quebra-molas e placas de sinalização. No mais, é bom que cada um leve seu amuleto da sorte.
O ciclismo não é um jogo de matemática onde os números podem sempre prever o melhor. Nele, a paixão e a vontade tem um estranho poder de subverter a lógica. O aleatório também. Assim como na vida. Talvez por isso seja tão bom.
Fonte: Cycling Rocks
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