segunda-feira, 2 de maio de 2011

Omega Pharma/Lotto: Separação à vista

Há rumores que a equipe Omega Pharma-Lotto deixará de existir do modo como conhecemos até o próximo inverno europeu. Divergências de planos, critérios e prioridades são os motivos.
Oficialmente a empresa farmaucêutica pretende patrocinar uma equipe com abrangência mundial (como é atualmente) enquanto a empresa de loterias prefere um projeto orientado também para o âmbito mundial, mas baseado em corredores locais. Ou seja, os motivos seriam mais políticos do que comerciais.
O responsável pela Lotto, Didier Reynders pretende associar a imagem de Philippe Gilbert com a de Tom Boonen, criando uma equipe em torno de ambos, mas quase que exclusivamente de belgas (uma espécie de Euskaltel). Os primeiros rumores sopravam para uma possível associação com a loteria francesa Française des Jeux, prontamente desmentida (e absurda, diga-se). A hipótese mais provável segundo indica o site Cyclisme Revue é a criação da equipe com o patrocínio majoritário da Lotto e o apoio da empresa de telecomunicações Belgacom e/ou da Adecco.
Do outro lado, a Omega Pharma é a titular da estrutura da equipe que detém a posse de todos os materiais logísticos, a licença ProTour e todos os contratos (de auxiliares e ciclistas). Estão com todas as ferramentas para permanecer como estrutura, porém necessitarão de um co-patrocinador que tenha interesses no mercado belga e mundial (rumores absurdos apontavam para uma fusão com a Quick-Step, seus “inimigos mortais”): o diário belga Het Nieuwsblad sugere outras empresas como a Saxo Bank (atualmente patrocinando a equipe do careca Rijs) e/ou a empresa belga de telecomunicações Telenet.
E no meio de toda a confusão, a estrela do time, Gilbert: a Omega diz que tem o contrato do corredor e a Lotto estaria disposta a pagar pela rescisão de contrato e do nada teria surgido uma terceira proposta: a Astana, na pessoa do seu corredor estrela-dono do time-colega de treinos, Alexander Vinokourov (desmentido, mas que não pode ser descartado).
Resumindo a situação:
- Gilbert (que estima-se tem um salário anual de 1,2 milhões de euros), tentará ser o ciclista mais bem pago nas próximas temporadas.
- a Omega Pharma tentará um contrato de vários anos que justifique e dê retorno para os altos investimentos, focando ainda mais seus objetivos nas clássicas.
- teremos a divisão, mas que virá para somar.
Fonte: Zaka - www.magliarosa.com.br

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