Em dezembro do ano passado, com o filho Breno nos braços e o apoio da família, Rodrigo de Mello Brito, o Morcegão, anunciou que estava pendurando as sapatilhas. A despedida ocorreu durante a Copa da República, prova em que foi tricampeão. Após 18 anos de carreira e quase uma década como atleta da Seleção Brasileira, o brasiliense decidiu que estava na hora de se aposentar. Mas, assim como vários outros esportistas, Morcegão não conseguiu manter a palavra por muito tempo e está de volta.
Desta vez, entretanto, o brasiliense não representará times de São Paulo, como fez nos últimos anos de carreira. Agora, Morcegão compete pela cidade natal. O atleta acaba de fundar a equipe Icesp Promove/Gasol/Felt. Além de pedalar ao lado dos outros integrantes – Rafael Ribeiro, Aílton Barros, Luciano Alves (Mineiro), André Gomes (Choquito) e Fábio Cruz –, o ciclista enfrenta o desafio de ser pela primeira vez dirigente técnico.
“Eu ia parar mesmo. Mas então surgiu a ideia de montar uma equipe profissional em Brasília, me convidaram para eu ser o dirigente e resolvi topar o desafio. A princípio, eu iria apenas dirigir o time. Mas depois achamos melhor que eu também entrasse como ciclista. Além de ser mais atraente para os patrocinadores ter um nome de peso na equipe, eu também posso passar para os outros atletas a minha experiência”, conta Morcegão. “Mas depois de cumprir essa missão, a ideia é que eu passe a atuar apenas como dirigente”, acrescenta.
Os planos de Morcegão são audaciosos. O ciclista de 34 anos pretende usar sua experiência e seu nome para que a Icesp Promove se torne a primeira equipe profissional do Distrito Federal. “Brasília tem essa carência. A cidade tem muitas equipes, mas que não são voltadas para a categoria elite. Falta um time que dê o apoio para o atleta desempenhar 100% o papel de profissional. Queremos que o esporte cresça em Brasília e que os moradores da cidade comecem a se identificar com o ciclismo e tenham para quem torcer nas competições nacionais”, afirma.
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Doping em questão
Os recentes escândalos de doping no ciclismo envolvendo nomes importantes, como o da atleta olímpica Clemilda Fernandes, não interferiram na criação da equipe do DF, segundo Morcegão. “Não é o ciclismo que é um esporte sujo. São alguns atletas que acabam sujando o nome do esporte. Nunca na minha vida me envolvi com o uso de substâncias ilícitas. Já passei por inúmeros testes e minha carreira é superlimpa. Eu acredito no trabalho físico. É possível fazer esporte puro e limpo. A minha carreira reflete isso, então não tive dificuldades”, afirma.
Os recentes escândalos de doping no ciclismo envolvendo nomes importantes, como o da atleta olímpica Clemilda Fernandes, não interferiram na criação da equipe do DF, segundo Morcegão. “Não é o ciclismo que é um esporte sujo. São alguns atletas que acabam sujando o nome do esporte. Nunca na minha vida me envolvi com o uso de substâncias ilícitas. Já passei por inúmeros testes e minha carreira é superlimpa. Eu acredito no trabalho físico. É possível fazer esporte puro e limpo. A minha carreira reflete isso, então não tive dificuldades”, afirma.
Foco inicial nas provas caseiras
O objetivo de se destacar nacionalmente, entretanto, deve ser atingido aos poucos. Primeiramente, a intenção é ganhar o Campeonato Brasiliense de Ciclismo e estar no topo das corridas regionais. A Volta da Gasol, uma das provas mais tradicionais da cidade e que distribui a maior premiação do país, os 100km de Brasília e a Copa da República também estão entre os planos dos ciclistas.
O objetivo de se destacar nacionalmente, entretanto, deve ser atingido aos poucos. Primeiramente, a intenção é ganhar o Campeonato Brasiliense de Ciclismo e estar no topo das corridas regionais. A Volta da Gasol, uma das provas mais tradicionais da cidade e que distribui a maior premiação do país, os 100km de Brasília e a Copa da República também estão entre os planos dos ciclistas.
Participar novamente da competição que marcou sua primeira despedida é justamente um dos desejos de Morcegão. “Tenho 19 anos de carreira e essa (Copa da República) é uma das provas que mais mexe com as minhas emoções. Não sei se terei condições de disputá-la. Quero muito. Mas no momento que não puder mais pedalar, passo para o lado de fora e auxilio como dirigente”, afirma.
Fonte: praquempedala.wordpress.com
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