Lista de equipes ProTour 2012

Eleitas as 15 primeiras equipes Pro para 2012

Por Fernando Bittencourt

A União Ciclística Internacional (UCI) anunciou nesta terça-feira (25) as equipes que ostentarão a licença de ProTeam em 2012. Os times foram eleitos com base em uma avaliação feita pela entidade máxima do ciclismo, que considera a produtividade das esquadras durante os anos de 2010 e 2011.

Não houve surpresas espantosas na seleção, mas sim algumas novidades. A GreenEDGE, formada durante esta temporada, já chega com força no grupo, assim como a Lotto, que desfez sua parceria com a Omega Pharma. Algumas velhas conhecidas também figuram na lista, porém, com uma nova cara, como a RadioShack e a Leopard-Trek, que se fundiram e formaram a RadioShack-Nissan-Trek e a Omega Pharma-QuickStep, resultante dos dois times presentes no nome.

A análise para definir essas equipes foi feita com base nos 15 ciclistas – contratados até o dia 20 de outubro – que mais pontuaram pelas equipes e adotou critérios éticos, financeiros e administrativos, classificando 15 times que, em 2012, contarão com a licença.

Cinco esquadras restantes terão que esperar para passarem por uma avaliação mais detalhada da Comissão de Licença da UCI, que elegerá os últimos três times para integrarem a elite do ciclismo mundial. As duas esquadras que não forem qualificadas pela nova avaliação terão a licença Pro Continental em 2012.

Segue abaixo as duas listas, divulgadas em ordem alfabética:

Lista 1: os 15 ProTeams

Astana
BMC
Garmin-Cervélo
GreenEdge
Katusha
Lampre-ISD
Liquigas-Cannondale
Lotto Cycling Project
Movistar
Omega Pharma-Quick-Step
Rabobank
RadioShack-Nissan-Trek
Saxo Bank Sungard
Sky
Vacansoleil-DCM

Lista 2: Times que passarão por nova avaliação

AG2R La Mondiale
Geox-TMC
FDJ
Euskaltel-Euskadi
Europcar

Doping zero

Mosquera, flagrado no antidoping da Vuelta 2010

Por Fernando Bittencourt

A Vuelta a España, encerrada no último dia 11 de setembro, foi uma das competições mais acirradas do ciclismo nesta temporada. O título ficou com Juan José Cobo (Geox-TMC) por apenas 13 segundos, após superar Chris Froome (Sky) em um incessante duelo, repleto de ataques e contra-ataques de ambos.

Toda essa disputa, hoje, pode ser considerada válida. A União Ciclística Internacional (UCI) divulgou nesta quarta-feira (26) que não houve nenhum atleta flagrado no exame antidoping durante a competição.

Vale lembrar que em 2010 a Vuelta a España terminou e, pouco depois, esteve envolta a polêmica do doping de Ezequiel Mosquera, vice-campeão da competição. O então ciclista da Xacobeo-Galicia foi flagrado pelo uso de hidroxietilamido, substância que não é considerada ilegal pela Agência Mundial Antidoping (Wada). Entretanto, o espanhol segue suspenso preventivamente e sem ter sido julgado, mesmo 14 meses após ter sido flagrado.

Iraniano salvador

Mehdi Sohrabi, a aposta certa da Lotto-Ridley

Por Fernando Bittencourt

A Lotto-Ridley foi agraciada na última terça-feira (25) com a notícia da União Ciclística Internacional (UCI) de que em 2012 será uma das 15 equipes que possuirão licença ProTeam. Após desfazer a parceria com a Omega Pharma, a Lotto foi um time que trabalhou quieto nas contratações. Não levou nenhum nome de peso e não causou muito alarde, o que fez com que muita gente questionasse a permissão WorldTour à esquadra.

O que poucas pessoas se atentaram foi a contratação, em cima da hora, do iraniano Mehdi Sohrabi. Desconhecido do grande público, o ciclista foi campeão do ranking asiático em 2010 e 2011 e os pontos acumulados pelo ciclista foram os que colocaram a Lotto-Ridley entre os ProTeam.

“Sohrabi foi a solução para nós. Primeiramente, ele esteve perto de ir para a Geox-TMC, no entanto, quando a Geox anunciou que deixaria a equipe, aproveitamos nossa oportunidade. O contrato foi concluído rapidamente, pois Sohrabi competiu durante três anos com uma Ridley (co-patrocinador da Lotto em 2012) e fizemos uma oferta com a qual ele concordou rapidamente”, afirmou Mark Sergeant, diretor geral do time.

O Sohrabi, de 30 anos, estava na equipe Tabriz Petrochemical e conquistou 14 vitórias nesta temporada. O atleta é um dos 27 confirmados pelo novo time para o próximo ano, que terá como líderes Andre Greipel, Jurgen Van den Broeck, Jelle Vanendert e Jurgen Roelandts.

Gilbert, o melhor de 2012

Vélo d'Or coroa temporada impecável de Gilbert

Por Fernando Bittencourt

Philippe Gilbert venceu o prêmio Vélo d’Or de 2011, considerado o “Oscar do Ciclismo”, superando o campeão do Tour de France, Cadel Evans, e o campeão mundial de estrada Mark Cavendish, segundo e terceiro colocados respectivamente.

O título, organizado pela revista francesa Vélo Magazine, recompensou a ótima temporada realizada pelo belga na Omega Pharma-Lotto, marcada por 18 vitórias, como as Clássicas das Ardenas, o que o colocou na primeira colocação no ranking da União Ciclística Internacional (UCI).

“Eu acredito ter passado por uma temporada excepcional e sei que tive um longo caminho a percorrer para conseguir este feito, no entanto, acho que é cedo demais para pensar em repeti-lo, pois talvez demore alguns anos”, destacou o belga.

O atleta, contratado para integrar o plantel da BMC em 2012, não se cansa de vencer e enxerga na Milão-São Remo como o próximo alvo – e se espelha em Eddy Merckx para isto. Além da Clássica, o atleta também visa a Tour de Flandres para a próxima temporada.

“Milão-São Remo é uma prova histórica, com um percurso que praticamente não se altera. Eddy Merckx venceu a prova em sete ocasiões e eu tenho a chance de trilhar o mesmo caminho que ele trilhou há trinta anos. É bom poder se identificar com as façanhas realizadas por atletas de outras gerações e poder fazer uma comparação. Isso é o que há de mais bonito”, afirmou Gilbert.

Embora tenha vencido a Volta da Bélgica e a Ster ZLM Toer em 2011, o Rei das Clássicas não possui ambições imediatas de se dedicar a vencer provas por etapas. “Nunca me empenhei para vencer provas por etapas, creio que seja algo a ser explorado, mas no momento sonho com as Clássicas. É uma coisa ou outra e não quero fazer esta escolha por enquanto”, concluiu o atleta.

Thomas Voeckler (Europcar), como era de se esperar, venceu o Vélo d’Or de melhor ciclista francês pelo segundo ano consecutivo, ao superar seu companheiro de equipe Pierre Roland e o campeão mundial de sprint na pista, Grégory Baugé. Voeckler foi um dos protagonistas do último Tour de France, defendendo bravamente a camisa amarela até a antepenúltima etapa, quando não suportou o ritmo dos líderes nas montanhas.

Peter Sagan (Liquigas-Cannondale), por sua vez, venceu o prêmio na categoria de melhor ciclista jovem, a frente de Edvald Boasson Hagen (Sky) por apenas um ponto. Matthew Goss (HTC-Highroad) ficou na terceira colocação.

Câmbio Eletrônico

A Shimano lançou no segundo semestre deste ano os componentes eletrônicos da família Ultrega, tornando a tecnologia mais acessível ao mercado. Até então, somente a família Dura Ace tinha a opção do grupo eletrônico.

Talvez os componentes eletrônicos tenham sido a maior transformação na indústria das bicicletas nós últimos anos. As evoluções tecnológicas são uma constante. Os desenhos dos quadros foram ficando mais refinados, os materiais mais leves, mas grandes transformações demoram mais a acontecer. E a eletrônica pode ser considerada uma delas.

A onda que a Shimano inaugurou vem evoluindo com os anos, e tem muita gente fazendo muita coisa bacana por aí. Quando isso começar a chegar ao mercado, principalmente num preço acessível, podem se preparar para mudar alguns conceitos.

Um dos problemas apontados nos componentes eletrônicos é o posicionamento da bateria e sua durabilidade, certo? Pois bem, a fabricante artesanal Rob English já desenvolveu uma solução bastante engenhosa para isso. Eles integraram todos os componentes no avanço da bicicleta (o brain) e no seat tube (para a bateria), com carregamento via USB e uma capacidade até 50% maior que a bateria atual do grupo Di-2. O resultado? Uma bike totalmente clean com a precisão eletrônica e sem nenhum cabo ou bateria a mostra, a não ser pelos freios.

E para não deixar as MTBs de lado, o pessoal da Fairwheel Bikes, nos EUA, modificaram o grupo Di-2 e o adaptaram para as Mountain Bikes. Além disso, procuraram passar os cabos por dentro do avanço e headtube, e o resultado foi esse:

Não satisfeitos, na versão 1.2 os caras modificaram o processador do sistema para criar uma transmissão semi-automática. Assim, com somente dois botões no guidon – para cima e para baixo – o sistema combina os passadores dianteiro e traseiro para a melhor relação de transmissão de potência. De novo, todo o sistema ficou escondido no avanço, e os botões ficaram no lugar dos passadores.

Na versão 1.3 eles colocaram cada botão em um lado do guidon, para melhor funcionalidade. O trabalho dos caras é tão bom que a Shimano está dando apóio de fábrica, fornecendo as peças necessárias para as experiências.

O negócio fica ainda mais interessante na associação da Parlee com a Toyota. Confira no vídeo abaixo o que os egenheiros da Toyota fizeram quando colocaram as mãos em um grupo Di-2 e uma bike Parlee.

Acho que em pouco tempo iremos começar a ver por aí MTB’s com sistemas eletrônicos totalmente integrados e bikes de ciclismo com freios hidráulicos e passadores eletrônicos. E isso promete.

Fonte: Cycling Rocks

Maillot Jaune: Não, obrigado!

Em 1950, o suíço Ferdi Kubler optou em rodar com a camisa de campeão nacional ao invés da maillot jaune em respeito a Fiorenzo Magni que havia abandonado a corrida juntamente com todos os italianos, em protesto pelas ameaças que vinham sofrendo dos espectadores.

Em 1971, Eddy Merckx recusou-se a usar a camisa, em respeito a Luis Ocaña, o ciclista que perdeu a maillot jaune ao cair no Col de Mente (Pirineus).

Em 1980 o holandês Joop Zoetemelk, que herdou a camisa não quis usá-la, em respeito a Bernard Hinault que foi obrigado a abandonar a prova enquanto líder, devido a uma lesão no joelho.

Em 1991 Greg LeMond rodou sem a maillot jaune, em respeito a Rolf Sorensen que perdeu a liderança após uma queda.

Em 2005 Lance Armstrong partiu sem a camisa, em respeito a David Zabriskie que havia perdido a liderança numa queda ridícula na chegada do CR. Após a zona neutralizada o pelotão foi parado e o americano vestiu a camisa.

Amarelo. Tradição e respeito.

Fonte: Zaka - Maglia Rosa

Eriberto é o campeão da Volta de SP

Por Leandro Bittar

José Eriberto Rodrigues, ciclista da equipe Padaria Real/ Caloi/ Sorocaba, é o grande campeão da Volta Ciclística Internacional do Estado de São Paulo 2011. O atleta de 27 anos conseguiu o maior feito da carreira ao se manter na liderança da competição após a vitória escapado na 2ª etapa do evento paulista. Na última etapa, disputada neste domingo (23/10), Roberto Pinheiro (Funvic/ Marcondes César/ Pinda) conquistou no sprint sua terceira vitória de etapa e, de quebra, confirmou o título na classificação por pontos.

Flávio Cardoso (Funvic/ Marcondes César/ Pinda), principal rival de Eriberto na disputa pelo título chegou em segundo na etapa, tirou mais alguns segundos da diferença entre eles, mas ainda restaram 42s de vantagem para o camisa amarela comemorar com tranquilidade a vitória, chegando no mesmo pelotão.

Os dois atletas, companheiros na equipe de Pinda até o ano passado, competiram respeitando alguns dos conceitos éticos mais polêmicos do ciclismo recente: o de não se aproveitar de problemas com o líder da competição para obter vantagem na classificação. A situação aconteceu no sábado, na etapa com chegada em Campos do Jordão. O vice-campeão Flávio Cardoso esperou por José Eriberto, quando o líder se envolveu em uma queda.

Curiosamente, o título foi moldado em uma etapa na qual dois problemas mecânicos afetaram Cardoso. Os dois ciclistas formavam uma fuga – com mais atletas – quando o pneu do ciclista pindense furou. A fuga esperou e ele voltou ao grupo. Com menos de 10 km para o final, no entanto, o problema se repetiu, mas com o pelotão no encalço, os atletas escapados não o esperaram.

“Infelizmente, o pneu furado tirou o título do Baiano [Flávio Cardoso]. Mas ele é um grande atleta e demonstrou isso na etapa de Montanha, quando esperou o líder da prova se levantar, após sofrer uma queda. Naquele momento ele poderia ter ido embora e tirado os 42 segundos de diferença”, presume Benedito Tadeu, o Kid, técnico da equipe de Pinda.

O código de ética só é tão polêmico, pois resume a camaradagem em relação ao líder da competição, situação que viveu Flávio Cardoso e José Eriberto na Serra de Campos do Jordão. Na 2ª etapa, nenhum dos dois vestia a camisa amarela, portanto, o sucesso na etapa era o que estava em jogo naquele momento.

Mesmo sem o título principal do evento, Pinda tem muito que comemorar, com o título por equipes e cinco vitórias de etapas, além da classificação por pontos, com Roberto Pinheiro. Como a Volta de SP marca o início do calendário 2011/2012 do ranking UCI America Tour, o time, caso renove sua licença, vai começar com pé direito a busca pelo topo da classificação continental, que conquistou em 2010.

Os praianos dominam a montanha
Diego Ares, da Memorial/Santos, foi o campeão de montanha e manteve o bom desempenho da equipe do litoral paulista nesta classificação. Ele superou por apenas um ponto Antônio Nascimento (Funvic/ Marcondes César/ Pinda), que buscava o quinto título de melhor escalador da Volta de São Paulo, o primeiro deles sem estar vestido com a camisa do time da Baixada Santista.

Brasil sem medalhas no Ciclismo em Guadalajara

Gregolry em ação na prova de estrada. Crédito: AP

O ciclismo brasileiro encerrou sua participação nos Jogos Pan-Americanos, de Guadalajara, com um 13º lugar nas provas de Estrada, masculino e feminino. Rafael Andriato e Clemilda Fernandes completaram o circuito de cinco voltas de 16 quilômetros (totalizando 80 quilômetros) para as mulheres, e dez voltas totalizando 160 quilômetros para os homens, montado em San Juan Del Monte entre os 15 melhores da América.

Os atletas do Brasil realizaram uma prova bastante agressiva, sempre buscando estar na frente do pelotão principal, chegando a liderar a prova por diversas oportunidades. No trecho mais desgastante do percurso, os ciclistas pedalavam com uma altitude próxima de 1.636m, que fazia parte de um trajeto relativamente plano, mas que contava com pequenas inclinações, causando um grande desgaste nos atletas.

Na prova feminina, após a chegada de Clemilda, que conquistou o melhor resultado brasileiro, a ciclista Uenia finalizou na 15ª colocação e Janildes terminou em 20º lugar.O pódio foi dominado pelas cubanas, com Arlenis Sierra em primeiro, com  tempo de 2h18min10s, seguida de Yumari Gonzales e Yudelmis Dominguez, respectivamente.

Rafael Andriato, que finalizou a prova com o tempo de 3h45min02, teve a companhia de Gregolry Panizo, 24º colocado, com 3h45m06s, Luiz Carlos Amorin e Murilo Fischer, que não concluíram o percurso. A competição foi decidida em uma fuga formada por sete ciclistas, que abriram vantagem ainda na metade da prova, não sendo mais capturados pelo grupo principal. A medalha de ouro ficou com Marc de Maar, das Antilhas Holandesas, marcando o tempo de 3h40m53s, seguido do venezuelano Miguel Ubeto, prata, e do cubano Arnold Alcolea, bronze.

Infelizmente o tão esperado pódio não veio nesta edição, mas o técnico da seleção brasileira, Antônio Carlos Silvestre, ressaltou que a experiência adquirida na competição foi muito importante já que grande maioria dos atletas fez sua estréia na competição continental.

“O trabalho desenvolvido pela CBC e o Ministério do Esporte durante a preparação para os Jogos foi fundamental para que a equipe chegasse bem preparada e enfrentasse as provas, que eram muito desgastantes com a altitude de 1.600m acima do nível do mar. A medalha não saiu, mas estamos satisfeitos com o desempenho de todos os atletas, que na maioria, estavam representaram o País pela primeira vez em Jogos Pan-Americanos”, comentou o técnico da seleção, que foi formada por 19 atletas e competiu em quatro disciplinas – Mountain Bike, Pista, Estrada e Bicicross.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CICLISMO

Diego Ares vence etapa rainha da Volta de SP. Eriberto mantém liderança.

Diego Ares não é um escalador nato

O ciclista Diego Ares (Memorial/Giant/Santos) foi o vencedor da etapa rainha da Volta de São Paulo 2011. Ares cruzou solitário a meta em Campos do Jordão após percorrer 53 km, partindo de Pindamonhangaba, com 31,2 km/h de média.

Mas quem tem ainda mais motivos para comemorar é José Eriberto (Padaria Real/Caloi/Sorocaba), que resistiu aos ataques da equipe de Pinda e se manteve na liderança, com 42s de vantagem para Flávio Cardoso, o Baiano. Os dois ciclistas cruzaram juntos a meta.

Na etapa mais aguardada competição, muitos ataques quebraram o pelotão e, entre os 30 primeiros, os ciclistas foram chegando espalhados no final da subida do Palácio, já na cidade de Campos do Jordão. Oito segundos após Diego Ares cruzou o equatoriano Jorge Montenegro (Panavial) e, em terceiro, chegou Alan Maniezzo (Altolim/Assis).

Se os dois primeiros lugares se mantiveram, as demais colocações no top 10 tiveram mudanças sensíveis, com Tiago Fiorilli (Funvic/Marcondes Cesar), Diego Ares (Memorial/Giant/Santos) e André Pulini (São Lucas/Giant/Americana), completando os cinco primeiros.

A Volta de São Paulo termina neste domingo e, com 42s de diferença entre os dois primeiros colocados, promete emoção até o final.

Mais uma para Roberto Pinheiro na Volta de SP

Betinho comemora vitória em Pinda

Por Fernando Bittencourt

Foi realizada nesta sexta-feira (21) a 6ª etapa do Tour do Brasil – Volta Ciclística Internacional do Estado de São Paulo 2011. Os ciclistas percorreram 183,7 quilômetros entre as cidades de Atibaia e Pindamonhangaba e o atleta Roberto Pinheiro Silva (Funvic/Pindamonhangaba), ou Betinho, como é conhecido, sagrou-se campeão do estágio, sentindo o privilégio de comemorar a vitória em “casa”, com presença massiva da torcida, que proporcionou a recepção mais calorosa vista até agora na disputa.

A atuação da equipe foi o destaque. Prova disto é que mais dois atletas de Pinda figuraram entre os cinco primeiros atletas do estágio. Flavio Cardoso dos Santos, o Baiano, conquistou o terceiro lugar na competição, enquanto Breno Sidoti ficou na quarta colocação. Baiano, segundo colocado no geral, tirou 11 segundos (4 deles pela bonificação da meta) para José Eriberto, que segue com a camisa de líder.

Edgard Simon (Padaria Real/Céu Azul Alimentos/Caloi), de Sorocaba, ficou na segunda posição, após perder no sprint final para Betinho. A quinta posição foi para Raphael Serpa, representante da equipe São Lucas Saúde/Giant/UAC/Americana.

A etapa foi muito disputada. Desde o inicio da prova, onze atletas dispararam na fuga e um deles, Antonio Nascimento (Funvic/Pindamonhaga), vencedor da primeira etapa. Tonho, como é conhecido no pelotão, ganhou a disputa das três metas da etapa, duas de volante e outra de montanha. Com o resultado, Antonio assumiu a liderança geral da classificação de montanha, somando no total 13 pontos e ficando em quarto na disputa por pontos, com 22. O primeiro colocado na disputa de regularidade também é de Pinda, já que o campeão desta sexta-feira, Roberto Pinheiro, tem acumulados 37 pontos.

A chegada contou com o sprint de oito ciclistas, que ultrapassaram a linha de chegada com o mesmo tempo de 4h21min45s, sendo que a média de velocidade foi de 40 km/h. A decisão dos 71 primeiros colocados foi feita apenas no sprint final, já que até o 71° colocado, a diferença para o líder foi de apenas nove segundos.

Com estes resultados, o primeiro lugar por equipes segue coroando a Funvic/Pindamonhagaba, com o tempo de 13h05min15s, 18 segundos a frente da segunda colocada, Clube Dataro de Ciclismo/Foz do Iguaçu, que por sinal, está empatada com as equipes posicionadas entre a terceira e a sexta colocações. A decisão final vai ficar para as duas últimas etapas da competição.

Classificação:

1 Roberto Pinheiro Silva (Funvic/Pindamonhangaba) 04h21min45s
2 Edgardo Simon (Padaria Real/Caloi/Céu Azul Alimentos) m.t.
3 Flavio Cardoso Santos (Funvic/Pindamonhangaba) m.t.
4 Breno França Sidoti (Funvic/Pindamonhangaba) m.t.
5 Raphael Serpa (São Lucas Saúde/Giant/UAC/Americana) m.t.
6 Rodrigo Araújo (Clube Dataro de Ciclismo/Foz do Iguaçu) m.t.
7 Daniel Rogelin (Clube de Ciclismo/S.J.Campos/Cannondale m.t.
8 Cristian Clavero (Avaí/FME Florianópolis/APGF) m.t.
9 Maximiliano Badde (San Luis Somos Todos) a 7s
10 Flavio Reblin (GRCE Memorial/Pref. Santos/Giant) m.t.

Classificação Geral:

1 José Eriberto Rodrigues (Padaria Real/Caloi/Céu Azul Alimentos) 19h44min45s
2 Flavio Cardoso Santos (Funvic/Pindamonhangaba), a 42s
3 Breno França Sidoti (Funvic/Pindamonhangaba), a 2min56s
4 Edgardo Simon (Padaria Real/Caloi/Céu Azul Alimentos), a 3min22s
5 Flavio Reblin (Memorial/Pref. Santos/Giant), a 3min40s
6 Tiago Fiorilli (Funvic/Pindamonhangaba), a 3min43s
7 Elton Silva (São Lucas Saúde/Giant/UAC/Americana), a 3min54s
8 André Pulini (São Lucas Saúde/Giant/UAC/Americana), a 4min04s
9 Marcos Novello (Memorial/Pref. Santos/Giant), a 4min06s
10 Diego Ares (GRCE Memorial/Pref. Santos/Giant), a 4min17s

Agora ou nunca...

Murilo é a maior chance de ouro para o Brasil

Neste sábado (22), o ciclismo se despede dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Após intensa disputa no velódromo, no Mountain Bike, no contrarrelógio e no BMX, o encerramento caberá às provas feminina e masculina de estrada. E será que, “no apagar das luzes”, o Brasil voltará a conquistar a medalha de ouro, que não vem desde o Pan de 1959, fruto do esforço do saudoso Anésio Argenton, nosso único campeão nos Jogos?

Aliás, medalha que falta ao ciclismo em Guadalajara. Que se ressalte a boa participação de Sumaia Ali na Pista, Rubinho Donizete no MTB e Renato Rezende no BMX, mas nenhum brasileiro subiu ao pódio até aqui. Caberá a sete competidores colocar o Brasil no pódio – e, quem sabe, fazer com que o Hino Nacional seja executado.

As maiores chances estão na prova masculina. Se olharmos o Start List e o percurso, não podemos deixar de destacar as reais chances do bicampeão brasileiro, Murilo Fischer, um dos favoritos – se não for o maior. Um dos poucos ciclistas do pelotão WorldTour na prova, ele contará com o auxílio de Rafael Andriato, reforço da Farnesi Vini para 2012, Gregory Panizo, campeão Pan-Americano de Ciclismo neste ano, e Luiz Amorim, o Luizão, que, de acordo com a assessoria de comunicação da Confederação Brasileira de Ciclismo, substituirá Armando Camargo, o Piá.

Entre as mulheres, a situação é mais difícil, mas não impossível. Dá, sim, para sonhar com a medalha. Nossas esperanças de pódio são velhas conhecidas – Uênia, Janildes e Clemilda Fernandes.

De acordo com Antônio Carlos Silvestre, treinador da Seleção Brasileira em Guadalajara, a preparação foi bem feita e que a chegada deverá ser em sprint, onde o Brasil está muito bem representado com as Fernandes, Murilo Fischer e Rafael Andriato. Silvestre também refutou que a altitude e o forte calor mexicano possam ser problemas para o time nacional

“Nossos ciclistas estão preparados e adaptados às condições locais”, disse. “O estilo da prova não deverá permitir fuga do pelotão e os brasileiros estão preparados para as quatro horas de competição”, encerrou o treinador.

A largada para a prova feminina está marcada para as 12h e a masculina para as 15h – ambos horário de Brasília.

Brasil finaliza sua participação no velódromo de Guadalajara

Sumaia Ribeiro foi quarta na Keirin. Crédito: AP

O Brasil finalizou nesta quinta-feira (20), sua participação nas provas de velocidade no velódromo Pan-Americano. Desta vez o grande destaque da seleção foi a velocista, Sumaia Ribeiro, que concluiu a grande final da prova de Keirin na quarta colocação, muito próximo de conquistar a primeira medalha do ciclismo para o Brasil.

Ainda na prova de Keirin, no masculino, o ciclista Flávio Cipriano também conseguiu se classificar para a grande final, terminando na sexta colocação. No Keirin os ciclistas disputam uma prova de sprint contando com seis ciclistas em simultâneo, a prova começa com os ciclistas a seguirem uma motocicleta (nunca podendo a ultrapassar) que inicia a uma velocidade de 30 km/h e vai aumentando a velocidade até atingir cerca de 50 km/h, neste momento ela deixa a pista, em princípio, a 600/700m do final.

Nas provas de Omnium, a ciclista Janildes Fernandes competiu em mais três modalidades nesta quinta-feira. Na perseguição individual a ciclista enfrentou a equatoriana Maria Fernanda Bone, a brasileira venceu com o tempo de 3m50s184, terminado com mais de 10 segundos de vantagem sobre sua adversária, concluindo na sétima colocação geral. No scratch - competição individual baseada em distância (15 km para homens, 10 km para mulheres), onde a largada é dada após uma volta neutralizada – Janildes tentou surpreender as adversárias com uma forte aceleração, quando restavam apenas duas voltas para o final. A ciclista chegou a abrir uma boa vantagem, mas foi capturada faltando poucos metros para a linha de chegada, terminando em décimo lugar.

Finalizando as competições no velódromo Pan-Americano, foi realizada a prova de 500m contra-relógio feminino - ultima prova da Omnium - nesta competição, Janildes marcou o tempo de 39s608, terminando na 9ª colocação. Já na classificação geral final da modalidade a atleta brasileira conquistou a sétima colocação, encerrando assim a participação do Brasil no ciclismo de pista nestes Jogos Pan-Americanos.

Nesta sexta-feira (21) serão disputadas as provas de Bicicross onde o Brasil está representado por Deivlim Balthazar, Renato Rezende, Naiara Silva e Squel Stein

Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara ocorrem de 13 a 30 de outubro. O Brasil está participando de quatro modalidades no ciclismo: Bicicross, Estrada, Mountain Bike e Pista. Para o ciclismo, ainda restam às competições de BMX dia 21 e para finalizar a prova de Estrada no dia 22.

ASSESSORIA DE IMPRENSA

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CICLISMO

Surpresa em Atibaia

Halyson parece não acreditar na vitória

Por Fernando Bittencourt

Nesta quinta-feira (20) foi realizada a 5ª etapa da Volta de São Paulo 2011, em um percurso de 150,2 quilômetros entre Sorocaba e Atibaia. Halyson Ferreira (Velo/Seme Rio Claro) venceu a disputa, que teve como destaque um trabalho intenso dos ciclistas Roberto Pinheiro (Funvic/ Marcondes César / Pindamonhangaba), Geraldo Silva (São Lucas Saúde/ Giant/ Americana), Antoelson Dornelles (São Francisco/ Ribeirão Preto), Alcides Vieira (Clube Dataro de Ciclismo/ Foz do Iguaçu), Alex Arseno (Funvic/ Marcondes Cesar/ Pindamonhangaba) e Wagner Pereira (São Francisco/ Ribeirão Preto), que se mantiveram na fuga durante quase todo a prova.

As tentativas de ataque de vários atletas e de equipes diferentes causaram muito desgaste, mas quem se deu bem na reta final da competição, foi o atleta de Rio Claro, Halysson Ferreira, que ultrapassou a linha de chegada dois segundos à frente do segundo colocado, Breno Sidoti, de Pindamonhangaba. O dinamarquês John Ebsen ficou em terceiro.

Os três marcaram dez, seis e quatro pontos de bonificação, respectivamente. O quarto lugar ficou com o Clube Dataro de Ciclismo/ Foz do Iguaçu, representado pelo atleta Cristian Rosa e, na quinta colocação, ficou Adélio Silva, também de Pindamonhangaba.

José Eriberto Rodrigues (Padaria Real/ Caloi/ Céu Azul Alimentos/ Sorocaba) chegou na 16ª colocação e não marcou nenhum ponto, mas continua líder, porém com uma menor vantagem. No momento, o atleta conta com apenas 55 segundos a frente do segundo colocado, Flávio Cardoso, de Pindamonhangaba, que impôs sete segundos de vantagem para o rival nesta quinta.

Próxima etapa:

A próxima etapa do Tour do Brasil – Volta Ciclística Internacional do Estado de São Paulo 2011 será realizada entre os municípios de Atibaia e Pindamonhangaba. Os atletas vão percorrer um trajeto de 183,7 quilômetros, com largada prevista para às 7h05 desta sexta-feira (21), na praça da Matriz de Atibaia.

O dinheiro envolvido no Tour

O Tour de France, atrás das olimpíadas e da Copa do Mundo, é o evento mais assistido/televisionado do mundo. A diferença é que ele é anual.

Sabe a disputa das capitais brasileiras para sediar os jogos da copa do mundo? Imagina isso todo ano. É o que acontece na França entre as cidades do interior tentando sediar as largadas e chegadas do Tour. São 36.000 prefeitos lutando por uma chance. Ou 35.999 considerando que Paris terá sempre lugar cativo.

Algumas cidades conseguem elaborar uma boa estratégia de marketing para promover seus produtos. Outras buscam apenas reconhecimento e aumento do fluxo de turistas. A cidade de Besançon, por exemplo, irá sediar o primeiro contra-relógio do Tour do ano que vem. Ela é conhecida como a capital francesa da produção de relógios. Usar um evento global como o Tour para promover o reconhecimento e desenvolvimento do seu mercado de relógios é uma excelente estratégia.

Em reportagem no Le Monde, prefeitos de várias cidades francesas exaltam a possibilidade de sediar uma etapa. São categóricos em afirmar que o desenvolvimento proporcionado pelo Tour é enorme. Talvez para nós, que estamos de fora, seja difícil de entender. Eu mesmo não lembro o nome de nenhuma cidade, só das escaladas mais clássicas da prova. Mas as cidades usam a fama adquirida para fazer propaganda de pacotes turísticos ao redor da França, durante o verão europeu. Apesar da caravana do Tour em si não gerar muitos dividendos, a fama criada ajuda a atrair turistas antes e depois dos eventos. Pelo menos é isso que os prefeitos defendem. Usar o Tour como ferramenta para reeleição também é procedimento comum nas pequenas cidades.

Mas o dinheiro envolvido para ser sede da largada ou chegada de uma das etapas é, na maioria das vezes, substancial. As cidades pagam à ASO cerca de 90.000 euros para sediar uma chegada, e 50.000 para as largadas. Algumas estradas têm que ser recapeadas, e os custos podem ser ainda mais altos.

A etapa 7, que terminará na estação de Ski Planche des Belles Filles, tem em seu final uma rampa de 20% de inclinação, com 250m de comprimento. Os caminhões que abrigam o pódio e os equipamentos de televisão não têm espaço para subi-la e estacionar no topo. Para resolver o problema, o prefeito prometeu investimentos de 500.000 euros para asfaltar uma área próxima para acomodar toda a produção do evento.

Quando a sede é fora da França, os preços também aumentam. Para levar uma etapa para a Suíça, as autoridades suíças calcularam o custo tal em torno de 720.000 euros. Estima-se que o investimento necessário para organizar a largada em Londres, em 2007, foi da ordem de 10 milhões de euros. Mas parece que os benefícios gerados foram ainda maiores.

Estimar o custo para sediar umas das etapas é bem mais fácil que estimar os ganhos advindos dessa organização, que podem se estender por meses e são difíceis de determinar, em termos monetários. Ainda assim existe uma fila de mais de 3 anos de cidades se candidatando para sediar uma etapa. Vive le Tour.

Fonte: Cycling Rocks

Estudo comprova: "Pensamento vencedor" melhora performance.

Todo mundo que já participou de alguma competição, sabe que a força de vontade tem um papel fundamental no resultado que um atleta pode atingir. Na hora que você fala pra você mesmo, “nem que eu caia morto aqui, mas eu ganho essa parada”, e por muitas vezes você acaba ganhando mesmo.

Essa pensamento “vencedor” sempre foi considerado importante para os atletas. Um estudo, um tanto quanto incomum, realizado na Inglaterra,comprova cientificamente que esse pensamento consegue levar um atleta um pouco acima de seus limites.

O Experimento

O Dr. Kevin Thompson, chefe da área de estudos de Esportes e Exercícios da Universidade de Northumbrian na Inglaterra realizou um estudo para testar a real força desses pensamentos.

O professor reuniu um grupo de atletas para pedalar em bicicletas estacionárias e percorrer o equivalente a 4km, o mais rápido que eles pudessem, em várias ocasiões, em dias diferentes. O melhor tempo de cada atleta foi registrado.

Depois os atletas correram contra um avatar (boneco virtual). O atleta visualizava uma tela com dois avatares. Um era ele mesmo e o outro, (disseram de mentirinha para o ciclista) era um avatar programado para fazer o percurso no melhor tempo que o atleta tinha conseguido fazer os 4km. Porém o o segundo avatar na realidade estava programado para andar 1% mais rápido do que o atleta já tinha conseguido andar.

Resultado

Resultado: Os atletas conseguiram chegar juntos de seus oponentes virtuais, ou seja, mais rápido do que já tinham conseguido andar antes.

Outro estudo parecido, realizado por Jo Corbett, doutor em fisiologia do exercício na Universidade de Portsmouth na Inglaterra, mostrou que essa “força extra” vem do sistema de energia anaeróbio, que é limitado a quantidade de energia no músculo. De acordo com o Dr. Corbett, o cérebro limita essa quantidade de energia no músculo para evitar que o atleta se esforce além de seus limites.

Porém, durante corridas, aparentemente o cérebro permite que a quantidade de “combustível muscular” aumente. Permitindo que a performance aumente um pouco.

Existe um limite

Em um outro teste, os atletas foram colocados para competir com um avatar programado para ir 2,5% mais rápido do que o melhor tempo do ciclista. O resultado foi que o atleta não conseguiu e desistiu no meio do teste, portanto ninguém vai virar o super-homem, mas pequenas melhorar realmente acontecem.

Dinheiro não trás felicidade nem força

Um fato interessante foi que apesar do que todo mundo acha, dinheiro não tem o mesmo efeito motivacional. Atletas que foram testados para melhorar seu tempo, com uma premiação em dinheiro se conseguissem, mas sem a competição contra o avatar, não conseguiram melhorar seus tempos.

Com esses estudos, muitas técnicos estão começando a trabalhar não somente os músculos e pulmões dos atletas, mas a capacidade mental de se superar.

Quebra de recordes em Guadalajara

Juan Estebam Arango, campeão com a Colômbia

Por Fernando Bittencourt

Nesta segunda-feira (17) ocorreram as finais de velocidade por equipe masculina e feminina nos Jogos Panamericano de Guadalajara, além da final de perseguição por equipe masculina. O curioso é que em todas as finais, as equipes campeãs bateram os recordes continentais.

A final de perseguição por equipe masculina se iniciou na pista às 19h10min e foi vencida pelos colombianos, que atingiram a marca de 3min59s236 com os atletas Juan Estebam Arango, Edwin Avila, Arles Antonio Castro e Weimar Alfonso Roldan. Antonio Roberto Cabrera, Gonzalo Sabas Miranda, Pablo Jacob Seidedos e Luis Fernando Sepulveda conquistaram a prata para o Chile e Maximiliano Almada, Marcos Crespo, Walter Fernando Perez e Eduardo Sepulveda ficaram o bronze para a Argentina.

A última prova de velocidade por equipe masculina ocorreu às 19h30 no velódromo. Hersony Gadiel Canelo, Cesar Mervin Marcano e Angel Pulgar obtiveram uma média de velocidade de 62,517 km/h e conquistaram a medalha de ouro, além do recorde panamericano. Com 61,313 km/h de média, Michael Benjamin Blatch Ford, Dean Tracy e James David Watkins buscaram a prata para os Estados Unidos e Fabian Hernando Puerta, Jonathan Marin e Christian Leandro Tamayo, com 59, 893 km/h de média, voltaram para a Colômbia com a medalha de bronze no peito.

Por fim, aconteceu a final de velocidade por equipes femininas. Daniela Larreal e Mariestela Vilera bateram o recorde para a Venezuela com o tempo de 33s611, Diana Maria Garcia e Juliana Gaviria levaram a prata para a Colõmbia, com o tempo de 34s044 e o México ficou com o bronze com o tempo de 34s617 de Nancy Llarely Contreras e Luz Daniela Gaxiola

Baiano voa na Volta de SP

Baiano foi o mais veloz

Por Leandro Bittar

A Volta de São Paulo só termina no domingo (23/10), mas nesta terça-feira os ciclistas travaram uma disputa importante em busca do título da competição. Nos 23 km de contrarrelógio individual hoje em São Carlos, Flávio Cardoso, o Baiano, da equipe Funvic/Marcondes Cesar/ Pinda) foi muito mais rápido que os rivais e encostou na briga pelo título. José Eriberto (Padaria Real/ Caloi/ Sorocaba), no entanto, se defendeu bem e, com o sexto tempo, manteve a liderança.

Cardoso, que também venceu a 3a etapa da Volta de SP em 2010, completou o circuito com o tempo de 30min58s, ele foi 51,6s mais rápido que o argentino Edgardo Simon (Padaria Real/Caloi/Sorocaba). Em terceiro, uma surpresa, Elton Silva (São Lucas/Cicloravena/Americana), 53s mais lento. Walter Miguel, também de Sorocaba foi o quarto (a 55s), com o mesmo tempo de Tiago Fiorilli (Pinda), que completou o pódio.

José Eriberto, que tinha 2min05s de vantagem para o Baiano na geral, perdeu apenas 58s hoje e continua líder. André Pulini confirmou o bom momento e fez o sétimo melhor tempo, 1min16s mais lento que o vencedor. Com o resultado, Pulini deve saltar para os dez primeiros na geral.

Volta de SP - Vídeos das etapas 1 e 2.

Decepção em Guadalajara

Seleção masculina na perseguição por equipes

Por Fernando Bittencourt

A estreia do ciclismo brasileiro nas provas de pista dos Jogos Panamericanos de Guadalajara, no México, não foi satisfatória, ficando distante da briga por medalhas nesta segunda-feira (17). A seleção masculina, composta pelos ciclistas Armando Camargo, Robson dias, Thiago Nardin e Luiz Carlos Tavares, terminou na sexta colocação na disputada perseguição por equipes com o tempo de 4min14s.

A prova foi marcada pelo acidente da seleção mexicana durante a sua tomada de tempos. Edibaldo Maldonado foi o atleta que mais se prejudicou com o acidente e não conseguiu prosseguir competindo, o que obrigou a delegação mexicana a tomar a providência de substituir o acidentado por César Varquera.

Mesmo com o incidente, o time teve uma segunda chance e conseguiu se classificar para a disputado do bronze com o quarto melhor tempo e brigará com a Argentina pela medalha. Enquanto a colombiana conquistou a melhor marca e o recorde dos Jogos (4min00s), mesmo competindo com bicicletas emprestadas, uma vez que teve seu material roubado. O Chile, segundo colocado, será o rival na disputa pelo ouro.

Pela categoria feminina, o Brasil também amargou a desclassificação na perseguição por equipes. Mas, desta vez, por um erro de entrosamento. Clemilda Fernandes foi para a área de troca antes de Sumaia Ribeiro ter completado a primeira volta, caracterizando a punição ao time brasileiro.

As venezuelanas e as colombianas se classificaram e se enfrentam na próxima fase para disputarem a medalha de ouro, enquanto que mexicanas e americanas competirão pela medalha bronze.

Eriberto vence segunda etapa da Volta de SP

Por Tadeu Matsunaga

O ciclista José Eriberto (Padarial Real/ Caloi/Sorocaba) venceu a 2ª etapa do Tour do Brasil – Volta de São Paulo e tornou-se o novo líder da competição. O potiguar completou o percurso de 166 quilômetros em 4h24min57s.

Eriberto chegou escapado à cidade de São Carlos. A vantagem do atleta foi suficiente para assumir a camisa amarela. Com 1min49s de vantagem para o trio de perseguição formado por Daniel Rogelin (Cannondalle/ São José dos Campos), Flavio Reblin (Memorial/Giant/ Santos) e Flavio Cardoso (Funvic/ Marcondes Cesar/Pindamonhangaba).

Vencedor da primeira etapa, Antonio Nascimento, o Tonho, também de Pindamonhangaba, completou o estágio no grupo principal, com um atraso de 3min21s em relação a José Eriberto.

"Para quem está de fora, parece que a vitória foi fácil, pela distância que abri para o segundo colocado, mas não foi. Correr 178 quilômetros nesse calor é complicado, mas consegui fazer uma boa prova e estou muito satisfeito com a vitória", afirmou Eriberto.

O atleta da Padaria Real, com as bonificações da etapa, tem 2min02s de vantagem para o experiente Daniel Rogelin na classificação geral, e também assumiu a liderança nas classificações de montanha e por pontos.

Nesta terça-feira, dia 18, acontece a 3ª etapa da competição. O estágio de contrarrelógio – um percurso de 23 km – em São Carlos

Uniformes

Já se perguntou como é feita a logística para fornecimento de uniformes de uma equipe ProTeam? Um atleta conquista a Maillot Jaune em uma etapa no Tour de France, no outro dia, seu uniforme inteiro é amarelo, com todas as logos dos patrocinadores no lugar certo. Nesse segundo dia ele perde a Maillot Jaune, mas ganha a Maillot Vert. E novamente no dia seguinte o uniforme, como que num passe de mágica, aparece todo verde.

Isso aconteceu no Tour desse ano com Cadel Evans. Logo no começo da prova ele vestiu a Maillot Vert, depois a de bolinhas, para depois voltar a usar as cores da BMC e terminar a corrida de amarelo.

Pois bem, a Hincapie Sports é a patrocinadora de uniformes da equipe BMC, e na renovação do contrato divulgou um press release informando o novo acordo, bem como algumas curiosidades sobre o fornecimento.

Todos os atletas recebem um kit contendo 300 peças. Isso mesmo, 300 por ano. Sem contar as peças especiais, como as camisas de líder de cada prova. Eles recebem, por exemplo, 3 tipos de manguito e 6 tipos de luvas. Tem também corta-ventos, coletes, capas de chuva, pernito, bonés, etc. Nada mais justo considerando que os ciclistas enfrentam durante a temporada corridas realizadas em diversas condições de tempo, entre as as realizadas no final do inverno até o auge do verão. É comum enfrentar esse tipo de variação de temperatura durante etapas de algumas corridas, como as do Giro d’Italia, por exemplo.

Para as camisas especiais, como a de campeão mundial, líder de alguma corrida, existe um representante da Hincapie trabalhando junto com a equipe, na tentativa de prever qual atleta tem as maiores chances de vestir determinada camisa. Assim, os favoritos sempre tem uma camisa já pronta por precaução. Mas somente a camisa. Para o kit completo, assim que o resultado chega, eles enviam um pedido para a fábrica, na Colômbia, que produz o kit imediatamente e o envia overnight, chegando no dia seguinte. Mesmo quando eles são pegos de surpresa, como foi o caso com Martin Kohler, campeão suíço de contra-relógio, eles conseguem o kit em no máximo dois dias.

Outro ponto interessante é que alguns atletas apresentam tamanhos não convencionais e precisam de roupas especiais. Alessandro Ballan, por exemplo, tem os braços muito longos, e precisa de camisas, jaquetas e manguitos feitos sob medida. Os ciclistas também podem fazer pedidos individuais para os forros de seus breteles, compondo-os do jeito que quiserem.

Um conforto desses, com roupas (e algumas vezes bicicletas) feitas sob medida para quem passa mais de 5hrs por dia, e cerca de 6 vezes por semana em cima de uma bicicleta realmente facilita um pouco a vida. O sofrimento fica mesmo só na hora de descer a marreta nas corridas.

Fonte: Cycling Rocks