Millar se beneficiou com nova regra do TAS
O Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) divulgou que irá liberar os atletas que já cumpriram suspensão por doping a participarem dos Jogos Olímpicos. A nova regra da entidade modificou a “regra de Osaka” formulada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e introduzida em 2008, proibindo a participação nas Olimpíadas de atletas que tenham sido suspensos por seis meses ou mais dos Jogos seguintes. Porém, o regulamento foi classificado como inválido e sem efeito pelo TAS.
A decisão beneficiou atletas como David Millar (Garmin-Cervélo), que já sofreu suspensão por ter sido flagrado no exame antidoping. O ciclista havia sido banido pela Associação Britânica Olímpica (BOA) de participar dos Jogos Olímpicos e agora possui uma nova chance para disputar a competição após esta nova regra. A decisão tomada pelo TAS rendeu uma declaração do atleta, divulgada por ele próprio nesta quinta-feira (6).
“Não vivemos mais em um mundo esportivo que deva ser governado por entidades regionais ou nacionais independentes. O esporte hoje alcançou um patamar mais alto e deve ser regido por um único órgão responsável, que emita regras únicas, que governem a todos. Temos o código de leis esportivos da Agência Mundial Antidoping, que é sempre revisado para estar sempre de acordo com as leis de modo geral. Este código é único e todos devem se submeter a ele. Qualquer que seja o esporte, todos os atletas devem obedecer basicamente às mesmas regras, pois isto ajudaria o esporte e protegeria seus praticantes, que seguiriam a mesma linha de raciocínio”, disse Millar.
“Cada caso de doping é diferente e atletas, às vezes, cometem erros. Uma punição para o resto da vida para castigar um único erro não encoraja o atleta a se reabilitar e se redimir. Isto não engrandece o esporte.Espero que esta decisão seja a primeira que ajude a criar um sistema para os atletas e fãs do esporte a entenderem um propósito maior e acreditarem nele, para que todos comecem a trilhar um mesmo caminho, a favor do esporte”, completou.
Outro nome que se beneficia com a queda da regra é Alejandro Valverde. O espanhol, que ainda não se pronunciou sobre o assunto, retorna ao ciclismo no início do ano que vem após uma suspensão por dois anos. Sem a “regra de Osaka”, o ciclista está habilitado para disputar os Jogos Olímpicos de Londres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário